Marina acusa campanha petista de faltar com a �tica

Recife - Alvo de ataques em raz�o do posicionamento na vota��o sobre o fim da Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), a candidata presidencial do PSB, Marina Silva, afirmou que integrantes da campanha do PT faltam com a �tica e acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) de desconhecer o processo legislativo.

A pol�mica em torno da vota��o da CPMF, conhecido como o imposto do cheque, vem sendo usada pela campanha Dilma nos debates e programas de TV nesta reta final da elei��o. No debate realizado pela Rede Record no �ltimo domingo, a petista questionou o posicionamento de Marina na vota��o da CPMF realizada no Congresso Nacional em 1995. A ex-ministra do Meio Ambiente, que na �poca fazia parte da bancada do PT, afirma que votou a favor. Integrantes da campanha de Dilma alegam, por�m, que os registros de vota��es do Senado mostram que a ex-senadora votou em 1995 contra a cria��o do imposto e, em 1999, tamb�m se op�s a sua prorroga��o.

"Naquele contexto eu sugeri uma comiss�o mista do Congresso Nacional e propus que os recursos da CPMF, juntamente com a tributa��o sobre o tabaco, ajudasse a compor o fundo de combate � pobreza. No �mbito da comiss�o mista votamos favor�vel. Depois no Congresso, na vota��o em plen�rio, alteraram a nossa proposta, reduziram os recursos � metade. O nosso voto contra foi na mudan�a ao m�rito", afirmou Marina ap�s ser questionada pelo Broadcast Pol�tico no t�rmino do com�cio realizado na noite de ontem em Recife. "O problema � que h� uma cadeia de mentira e de difama��es que o tempo todo � usada para, obviamente, desconstruir a minha imagem, a minha pessoa. Tem um objetivo de um marqueteiro, de um grupo que j� n�o se orienta mais pela �tica", acrescentou.

A candidata tamb�m considerou que a presidente Dilma desconhece o processo legislativo e em raz�o disso � alvo dos ataques. "Obviamente uma pessoa como a Dilma, que nunca foi vereadora, deputada, teve qualquer mandato pol�tico tem uma certa dificuldade de entender o tr�mite legislativo de uma proposta. E obviamente os assessores, o marqueteiro constr�i uma vers�o. N�o seria ing�nua de inventar uma coisa dessas sabendo que isso fica nos anais do Congresso".

Marina comentou ainda a rea��o adversa do mercado financeiro com a tend�ncia de alta de Dilma nas pesquisas. "E um momento em que a sociedade est� apreensiva, imagina o que � continuar quatro anos das mesmas coisas que est�o ai", afirmou a candidata que tamb�m disparou contra a atual gest�o da Petrobras. "O Pais com crescimento p�fio de 0,9%. O pais vivendo uma situa��o dif�cil aonde uma empresa das mais respeitadas, que antes estava nas p�ginas cientificas, ligadas ao com�rcio, economia, agora est� nas p�ginas policiais. Como � que as pessoas v�o ficar animadas para manter tudo que est� ai". A passagem de Marina por Pernambuco foi a �ltima antes de 5 de outubro e foi marcada pela lembran�a a Eduardo Campos, morto em acidente a�reo no �ltimo dia 13 de agosto, e ataques ao PT.