
"A verdade � que eu n�o tive campanha. N�o h� um cavalete sequer meu na capital e at� 20 dias atr�s eu n�o tinha nem panfleto", disse Tarc�sio. Ele afirma que, quando foi convidado para entrar na disputa, ouviu de Campos a promessa de que o diret�rio nacional do partido o ajudaria.
"Eu nem sonhava em ser candidato quando o Eduardo Campos me chamou para conversar. Isso faz pouco mais de dois meses. Fui a Bras�lia como advogado tratar de um assunto de um cliente meu. O ex-governador me chamou para jantar e me falou: 'N�o tenho candidato em Minas e preciso de um palanque l�. N�o � poss�vel ficar sem'", conta.
Delgado respondeu ent�o que n�o tinha "um tost�o" para fazer campanha nem tinha como arrecadar. "Lembro das palavras dele como se fosse hoje: 'N�s tamb�m n�o somos ricos, mas a dire��o nacional vai arranjar recurso para o essencial'."
O essencial, diz o pessebista, seriam cavaletes, panfletos, cabos eleitorais e um avi�o para rodar o Estado. "N�o d� para fazer campanha sem avi�o em Minas, mas eu tive que fazer praticamente tudo de carro. S� usei avi�o uma vez."
O candidato lembra que 20 dias depois dessa conversa, Eduardo Campos morreu em um acidente a�reo. "Depois disso, a ajuda n�o veio como ele (Campos) tinha combinado. Veio muito menos dinheiro."
Para conter gastos e atingir um patamar de "pelo menos" 6% ou 7% dos votos, Delgado decidiu passar os �ltimos dias de campanha em sua terra natal, Juiz de Fora. Questionado sobre a proximidade de seu filho, J�lio Delgado, deputado do PSB, com A�cio Neves, candidato do PSDB � Presid�ncia, Tarc�sio diz que a rela��o dos dois � de amizade e n�o pol�tica. "O A�cio � muito ruim de pol�tica. Ele � muito incompetente."
Seu advers�rio na disputa, o tucano Pimenta da Veiga, que � chamado de "amigo", tamb�m � alvo das cr�ticas. "Sou muito amigo do Pimenta, mas a escolha dele como candidato foi um desastre. Foi mais um desastre do A�cio. Tinham que ter escolhido algu�m que estivesse militando aqui, e n�o o Pimenta, que se isolou em Bras�lia. Certamente os colegas preteridos n�o ficaram satisfeitos."
Com Ag�ncia Estado