S�o Paulo - No primeiro pronunciamento que fez depois de confirmada sua passagem para o 2.º turno, o candidato do PSDB � Presid�ncia, A�cio Neves, homenageou nesse domingo o ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente a�reo durante e campanha, e afagou Marina Silva, candidata do PSB que terminou o 1.º turno em 3.º lugar na disputa.
Em Belo Horizonte, o candidato do PSDB foi na mesma linha. Tamb�m sem citar Marina, afirmou: "� hora de unirmos for�as. Minha candidatura n�o � de um partido pol�tico". Em 2010, quando disputou o Pal�cio do Planalto pelo PV, a ex-ministra preferiu se manter neutra no 2.º turno entre Dilma e Jos� Serra (PSDB).
Nesse domingo, A�cio fez afagos expl�citos � ex-ministra, mas disse que n�o tinha conversado com ela. O tucano reiterou os elogios feitos pela manh�, ao votar na capital mineira. "Tenho enorme respeito pessoal pela ex-ministra, mas n�o posso antecipar apoio."
O candidato do PSDB iniciou sua fala destacando os ideais de Campos. "Quero deixar uma palavra de homenagem a um homem p�blico honrado, que foi abatido por uma trag�dia no meio dessa campanha, o Eduardo. Seus ideais e seus sonhos t�m a minha defer�ncia", disse.
Interlocutores do tucano tentar�o se aproximar de Renata Campos, vi�va de Campos, para que ela fa�a uma ponte com a candidata do PSB. "Tenho um enorme respeito por ela (Renata), mas n�o tenho nenhum encontro marcado. Sou muito cauteloso em rela��o a isso", desconversou A�cio.
Programa
Apesar da sinaliza��o, Marina disse que os partidos da coliga��o v�o se reunir nos pr�ximos dias para tomar uma decis�o oficial. O an�ncio deve acontecer at� a pr�xima sexta-feira. "O programa � a base de qualquer di�logo neste segundo momento", afirmou.
Segundo ela, o documento que apresentou � sociedade - e que foi alvo de diversas cr�ticas tanto de petistas quanto de tucanos - "� coerente com outro caminho, com outra maneira de caminhar".
O posicionamento de Marina, que foi filiada ao PT por mais de duas d�cadas, surpreendeu aliados mais pr�ximos. Antes de a ex-ministra chegar ao local onde fez seu pronunciamento oficial, na zona oeste da capital paulista, a maioria apostava que ela anunciaria a neutralidade na disputa, a exemplo de 2010.