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Estado de Minas

Congresso conservador � retrato da sociedade, diz Cunha

Integrante da bancada evang�lica, Eduardo Cunha considera que a maior parte da popula��o � contra o aborto, o casamento de pessoas do mesmo sexo e a descriminaliza��o do uso de drogas


postado em 07/10/2014 12:19 / atualizado em 07/10/2014 12:36

S�o Paulo - Apontado pela maioria dos parlamentares da atual legislatura como forte candidato para ocupar a presid�ncia da C�mara em 2015, o l�der do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), v� o crescimento de bancadas classificadas pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) como 'conservadoras' como um retrato fiel da popula��o brasileira.

Levantamento parcial do Diap aponta um aumento dos grupos evang�licos, ruralistas e policiais, na contram�o de uma redu��o de representantes de movimentos sociais e sindicalistas. "A sociedade � conservadora e foi mais representada nesse novo Congresso", afirmou Cunha.

O l�der peemedebista, um dos mais atuantes da bancada evang�lica e integrante da igreja Sara Nossa Terra, considera que a maior parte da popula��o � contra o aborto, o casamento de pessoas do mesmo sexo e a descriminaliza��o do uso de drogas.

Por isso, depois das manifesta��es de junho de 2013, elas passaram a pensar mais em suas convic��es e em quem as representa. Mas Cunha defende a atua��o parlamentar com isen��o. "Sobre o papel de dar direitos e resolver problemas, n�o � um Congresso conservador ou reformista que vai mudar isso. O que se discute sob esse ponto de vista s�o outros problemas", disse.

Cunha, contudo, avalia que temas de identifica��o mais liberal, sob o ponto de vista dos direitos sociais, devem sofrer restri��es na pr�xima legislatura. "O fato de a pr�pria natureza do Congresso ter ficado mais conservadora, j� impede o avan�o dessas pautas", afirmou.

O cientista pol�tico Humberto Dantas, do Insper, considera o aumento de parlamentares menos progressistas como reflexo da "tomada de conta de algumas agendas" pol�ticas pelo medo de eleitores que se viram amea�ados pelo avan�o de temas contr�rios ao seu posicionamento ideol�gico.

Dantas avalia a marca de quase 500 mil votos atingida pelo presidenci�vel Levy Fid�lix (PRTB) neste ano, contra cerca de 70 mil em 2010, como resultado das declara��es dele sobre o casamento gay nos debates televisivos. "Foi o posicionamento dele que levou a essa vota��o expressiva", observou.

O diretor do Diap, Ant�nio Augusto Queiroz, afirma que, diante do aumento de bancadas de perfil conservador, o debate sobre a descriminaliza��o do aborto, criminaliza��o da homofobia e o casamento gay - temas que ganharam for�a nas elei��es presidenciais deste ano - tem pouca chance ser retomado pelo Congresso que toma posse em fevereiro de 2015. "Posso afirmar com seguran�a que houve retrocesso em rela��o a essas pautas", indicou.

J� o debate sobre a redu��o da maioridade penal, segundo o diretor do Diap, questionada por especialistas de seguran�a p�blica, pode avan�ar a partir do aumento da chamada 'bancada da bala', formada parlamentares ligados a setores policiais, militares e da ind�stria de armas.

O Diap est� fazendo pela primeira vez um mapeamento desse grupo e, at� agora, j� foram identificados 20 deputados que podem ser enquadrados nesse quadro. "O novo Congresso �, seguramente, o mais conservador do per�odo p�s-1964", disse Queiroz.


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