O primeiro debate no segundo turno entre os candidatos ao governo do Rio foi tamb�m o mais duro desde o in�cio da campanha, com fortes trocas de acusa��es entre o governador e candidato � reelei��o Luiz Fernando Pez�o (PMDB) e o senador Marcelo Crivella (PRB). Houve at� um bate-boca entre Crivella e o pastor Silas Malafaia, um dos tr�s convidados pela organiza��o do debate, promovido por revista Veja/Est�cio/OAB-RJ, para fazer perguntas aos dois candidatos. Os outros convidados foram o humorista Marcelo Madureira e o cineasta Jos� Padilha.
Luiz Fernando Pez�o tamb�m tentou ao m�ximo vincular a imagem de Crivella ao fundamentalismo religioso e � IURD. Sempre que se referia ao concorrente, o fazia como "senador bispo Crivella", e afirmou que o oponente, enquanto ministro da Pesca, s� nomeou pessoas ligadas � Universal.
Crivella negou e rebateu: "Na inaugura��o do Templo de Salom�o, voc� estava lado a lado comigo. Mas voc� � assim mesmo: uma hora � Dilma e outra, A�cio", disse o senador, em refer�ncia ao apoio pessoal que o peemedebista diz ter � candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) enquanto o partido no Rio apoia A�cio Neves (PSDB) desde o come�o da campanha, no que ficou conhecido como "Aez�o".
Crivella focou suas cr�ticas no que classificou como desorganiza��o e falta de investimento do governo estadual em �reas como seguran�a e sa�de, al�m de bater muito na tecla da corrup��o na gest�o Cabral/Pez�o, e repetidas vezes lembrar do epis�dio em que secret�rios estaduais foram fotografados em um restaurante de Paris com guardanapos na cabe�a.
O candidato do PRB, mais uma vez, provocou gargalhadas na plateia. Primeiro ao afirmar que, nas ruas, "o povo tem chamado Pez�o de 'Pen�quio'". Depois, Pez�o "provocou" o advers�rio ao dizer que at� a m�e de Crivella queria votar no atual governador. "Ela disse que queria mesmo, mas eu disse: 'M�e, ele � um bom filho, um bom mo�o, mas, mam�e, vamos orar por ele. Votar n�o, mas orar por ele", disse, despertando risadas da plateia e de Pez�o. O governador continuou: "O voto � secreto e tenho certeza que, na urna, ela te traiu".
Ao fim do debate, Crivella afirmou que recebeu o voto da m�e: "At� porque pago empregada para ela. Quem n�o paga para a m�e � o Pez�o", disse, em refer�ncia �s propagandas do governador nas quais ele afirma orgulhoso que a m�e "nunca teve empregada at� hoje".
Apoio
O pastor Silas Malafaia reiterou ao fim do debate que vai apoiar o tucano A�cio Neves no segundo turno da elei��o para a Presid�ncia da Rep�blica. "Eu apoiaria qualquer um, menos a Luciana (Genro, do PSOL), para tirar o PT do poder." O pastor afirmou que vai fazer campanha por A�cio na comunidade evang�lica, principalmente na internet, mas que n�o chamar� o tucano para nenhuma agenda: "At� porque n�o tenho tempo pra isso". Na elei��o para o governo do Rio, Malafaia disse ser contra Crivella, mas ainda n�o decidiu se apoiar� Pez�o, o que s� deve anunciar na sexta-feira ou na segunda.