Campanha eleitoral em Minas ainda n�o terminou para deputados estaduais

Embora j� estejam reeleitos ou tenham ficado de fora da Assembleia a partir do ano que vem, a campanha eleitoral n�o terminou para os deputados estaduais mineiros. O potencial de Minas Gerais como estado decisivo no resultado do segundo turno das elei��es presidenciais faz com que a maior parte deles esteja trocando o plen�rio pelas bases eleitorais. Enquanto os 54 parlamentares da atual base governista, aliados do senador A�cio Neves (PSDB), foram acionados para fazer campanha para o tucano em Minas, os 21 do bloco de oposi��o trabalham pela reelei��o da presidente Dilma Rousseff (PT). Com isso, a pauta com nove vetos, tr�s propostas de emenda � Constitui��o (PECs) e 12 projetos de lei segue parada � espera de vota��o.

Nem mesmo a PEC 69, que os parlamentares da base governista, autores da investida, vinham prometendo votar antes das elei��es, teve chance de ser aprovada. O texto, segundo os parlamentares, era prioridade e precisava ser votado r�pido para efetivar de novo, sem concurso p�blico, cerca de 100 mil designados da educa��o. O Supremo Tribunal Federal (STF) mandou excluir o grupo do funcionalismo estadual at� abril do ano que vem, ao derrubar lei semelhante anterior. Desde 5 de outubro, quando se decidiu a elei��o para deputados, somente uma reuni�o chegou a ser aberta e, mesmo assim, terminou sem vota��o.

 “Todo mundo foi convocado a ir para o interior e trabalhar para o A�cio”, confirmou o l�der do bloc�o governista, deputado Lafayette Andrada (PSDB). Segundo ele, a mobiliza��o foi decidida logo depois do resultado do primeiro turno do pleito em reuni�o com os parlamentares, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) e o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro. “Fizemos um balan�o e chegamos � conclus�o de que temos que ir a campo ajudar, pois o A�cio tem uma chance grande. Vamos fazer um esfor�o para ele ganhar em Minas”, afirmou.

O tucano afirmou que a base continua com a inten��o de votar a PEC 69, mas sua percep��o � de que � muito dif�cil dar qu�rum. “A tend�ncia � ficar para depois”, disse o deputado, que estava ontem em Juiz de Fora, na Zona da Mata. R�mulo Viegas, que tem base em S�o Jo�o del-Rei, tamb�m foi para a cidade refor�ar o resultado de A�cio. “� todo mundo direto para a base, como os advers�rios tamb�m est�o fazendo”, afirmou. O deputado Jo�o Leite, por�m, garantiu que a Assembleia faria ontem uma mobiliza��o para aprovar a PEC 69. “Temos um esfor�o concentrado hoje (ontem), mas tem nove vetos na frente. � inevit�vel que o projeto seja votado”, afirmou. Os colegas n�o confirmaram a convoca��o e faltou um deputado para completar os 26 necess�rios para a reuni�o de plen�rio ser realizada. Dos presentes, 14 eram da base e 11 da oposi��o.

Natural

O vice-l�der oposicionista, deputado Pompilio Canavez (PT), considera natural que todos os parlamentares estejam envolvidos no processo eleitoral pelo fato de serem dois mineiros disputando a Presid�ncia da Rep�blica no segundo turno. Ele admitiu que tamb�m h� deputados da oposi��o trabalhando por Dilma no interior. “� tamb�m a disputa de dois projetos, por isso, a base que elegeu Fernando Pimentel (PT) governador do estado tamb�m est� concentrada em reeleger a presidente”, afirmou. O petista, no entanto, disse que ainda assim a oposi��o tem comparecido e cobrou mais presen�a dos parlamentares da base no Legislativo. “Tinha aquela press�o toda antes do primeiro turno com rela��o � PEC 69, mas parece que se esvaneceu. Advertimos que (a PEC) n�o era uma sa�da segura nem constitucional para esses trabalhadores e agora parece que nos deram raz�o, porque sumiram da Assembleia”, disse.

PRESTA��O DE CONTAS

Todos os candidatos a governador, senador e deputados estaduais e federais que concorreram no primeiro turno das elei��es em Minas t�m at� 4 de novembro para apresentar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) a presta��o de contas final da campanha. A exig�ncia vale tamb�m para os partidos e comit�s financeiros. Segundo o TRE-MG, todos os que pediram registro de candidatura est�o obrigados a prestar contas – mesmo que tenham desistido, renunciado, sido substitu�dos, tido os pedidos de registro indeferidos, n�o tenham aberto contas banc�rias espec�ficas para a campanha ou que n�o tenham movimentado recursos financeiros ou estim�veis em dinheiro. As presta��es de contas finais, como as parciais, devem ser elaboradas por meio do Sistema de Presta��o de Contas Eleitorais, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e enviadas por meio da internet, em m�dulo pr�prio do mesmo sistema. O TRE-MG deve receber este ano as contas de 1.913 candidatos, 32 partidos e 12 comit�s financeiros. Em 2010, foram 1.785 candidatos, 27 de partidos e 33 de comit�s.