Em meio � briga dram�tica que se arrasta voto a voto entre tucanos e petistas pelo Pal�cio do Planalto, os partidos est�o � ca�a n�o apenas dos eleitores indecisos, mas tamb�m dos que pretendem se abster. Entre o primeiro e o segundo turnos das elei��es presidenciais de 2002, 2006 e 2010, cresceram, em todo o pa�s, as estat�sticas de absten��o dos eleitores.
Embora a disputa presidencial, pelo maior interesse que desperta no eleitor, apresente estat�sticas de votos brancos e nulos sempre muito menores do que para as elei��es aos governos do estado e deputados, a absten��o cresce ao longo do tempo a cada pleito e, sobretudo, entre o primeiro e o segundo turno.
Assim foi em 2002. No primeiro turno da disputa pelo governo federal, 20,4 milh�es de eleitores (17,74%) n�o votaram. No segundo turno, as absten��es chegaram a 23,6 milh�es (20,47%), um aumento de 2,7 pontos percentuais. Em 2006, deixaram de votar no primeiro turno 21 milh�es (16,75%); no segundo turno, foram 23,9 milh�es (18,99%), um aumento de 2,24 pontos percentuais.
Em 2010, o primeiro turno registrou a absten��o de 24,6 milh�es de eleitores – 18,12%; estat�stica que saltou para 29,2 milh�es no segundo turno (21,5% do universo de brasileiros aptos para votar. O crescimento da absten��o entre o primeiro e o segundo turno foi de 3,38 pontos percentuais.
Uma das explica��es para o aumento das absten��es entre o primeiro e o segundo turno � o fato de o eleitor, que no primeiro turno votou em outro candidato, n�o se sentir representado por nenhum postulante. Nesse sentido, sem �nimo de participar, o eleitor opta por justificar-se perante a Justi�a Eleitoral ou mesmo pagar a irris�ria multa de R$ 3,51 em um cart�rio eleitoral.
QUEDA Ao mesmo tempo em que a absten��o sobe entre o primeiro e o segundo turno, caem as estat�sticas de votos brancos e nulos. � que no segundo turno, o eleitor est� diante de uma urna com apenas dois candidatos � Presid�ncia da Rep�blica e dois para o governo do estado, onde n�o houve vencedor no primeiro turno. N�o h� mais escolha de deputado e senador. � menor, portanto, a probabilidade de erro ao digitar a sua escolha.
No primeiro turno de 2002, os votos brancos ca�ram de 2,9 milh�es (2,49%) para 1, 7 milh�o (1,49%). Tamb�m os votos nulos naquele pleito baixaram de 6,9 milh�es (6,05%) para 3,8 milh�es no segundo turno (3,27%). Em 2006, os votos brancos no primeiro turno ca�ram de 2,9 milh�es para (2,28%) para 1,4 milh�o (1,07%) no segundo. E os nulos baixaram de 5,9 milh�es (4,73%) para 4,8 milh�es (3,82%). J� em 2010, os brancos ca�ram de 3,5 milh�es (2,56%) para 2,5 milh�es (1,81%). E os nulos baixaram de 6,1 milh�es (4,5%) para 4,7 milh�es (3,45%.). E agora 4,4 milh�es votaram em branco (3,1%) e 6,7 milh�es (4,68%) nulo. No segundo turno, � grande a probabilidade de que essas estat�sticas caiam, a exemplo das elei��es anteriores.