S�o Paulo - Ainda no primeiro bloco do debate presidencial da TV Record, a corrup��o na Petrobras e os programas sociais voltaram a ser os principais temas.
Dilma respondeu perguntando a A�cio se ele confiava que, segundo as mesmas fontes que acusam Vaccari, o ent�o presidente do PSDB, S�rgio Guerra, morto em mar�o deste ano, havia recebido propina para travar uma CPI sobre a Petrobras em 2009. "Na �ltima vez que denunciaram pessoas do seu partido sobre o cartel do Metr�, o senhor disse n�o acreditar em delatores. Eu fa�o diferente. Eu preciso saber quem foi e quanto recebeu", afirmou Dilma. "A parte sobre a qual o senhor deveria me cumprimentar � aquela em que disse que vou investigar", disse, voltando a citar os esc�ndalos da Pasta Rosa, da compra de votos para a reelei��o, do Sivam e do cartel de trens e do Metr�.
Na sequ�ncia, A�cio disse que Dilma n�o tomou provid�ncias para evitar os desvios na Petrobras e afirmou que se preocupa com a posi��o de Vaccari e a situa��o em outras empresas estatais. "O senhor confia no seu tesoureiro. Fico preocupado com o cargo dele em Itaipu, onde ele tem um crach� e livre tr�nsito. Faltou governan�a no seu mandato", afirmou.
Em resposta, Dilma retoma a argumenta��o de que, no governo de FHC, as investiga��es eram engavetadas. "Eu n�o fa�o isso (engavetar), candidato, eu investigo. Eu n�o transfiro nenhum delegado", disse.
A�cio disse, ent�o, que o Brasil tem institui��es que investigam. Segundo ele, se n�o houve pris�es, como no caso do mensal�o petista, � porque n�o houve provas. "O que n�o pode � a senhora achar que a den�ncia � verdadeira quando envolve meu partido e n�o quando envolve dinheiro para campanha de Gleisi Hoffmann", afirmou A�cio. "Faltou gest�o. Isso � consequ�ncia da forma como as pessoas s�o nomeadas".
A�cio sugere autoritarismo na fala de Dilma sobre as investiga��es. "Triste o Pa�s onde o presidente manda investigar, como em algumas ditaduras que o seu governo apoia. Quem investiga s�o as institui��es. Por que n�o seu tomou essa decis�o de demiti-lo antes?"
Na sequ�ncia, Dilma afirmou que A�cio "adora fazer confus�es que lhe beneficiam" e reiterou seu compromisso com a investiga��o e a demiss�o de Paulo Roberto Costa ap�s assumir a Presid�ncia da Rep�blica.
Programas sociais
A presidente Dilma Rousseff (PT) lembrou que o Brasil saiu do mapa da fome da ONU pela primeira vez e questionou o candidato A�cio Neves (PSDB) o que ele achava sobre o crescimento da classe m�dia no Brasil durante os governos petistas.
Na resposta, A�cio afirmou "ter orgulho enorme" de ter participado "de um momento transformador da vida nacional". Segundo ele, as bases para a amplia��o da classe m�dia foram lan�adas durante a administra��o tucana. "Quando votamos o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra a posi��o de seu partido, e quando criamos os programas de transfer�ncia de renda e voc�s depois ampliaram", disse o tucano.
A�cio aproveitou a resposta para criticar a advers�ria. "Desde a estabilidade da moeda, o Brasil vem melhorando, mas temos que nos preocupar com a supera��o da pobreza, e n�o com as estat�sticas", disse, argumentando que h� uma grave crise de credibilidade de institui��es como Ipea e IBGE, respons�veis por divulgar dados sobre o Brasil. "O que me preocupa s�o os n�meros pouco confi�veis do seu governo. N�o devemos nos preocupar apenas com as estat�sticas e sim em fazer o plano avan�ar."
Dilma diz a A�cio que o governo Fernando Henrique Cardoso gastou em oito anos com os programas sociais o que o "seu" governo gasta em dois meses. "O Bolsa Fam�lia, durante todo o governo FHC, gastou R$ 4,2 milh�es. Voc�s gastaram em oito anos o que o meu bolsa Fam�lia gastou em dois meses", afirmou a petista.
Ao responder, A�cio criticou a maneira como Dilma se referiu ao programa. "N�o � seu o Bolsa Fam�lia. Isso � terrorismo eleitoral", disse. Ele argumentou que tentou aprovar um projeto para incluir o programa na Lei Org�nica de Assist�ncia Social mas teve oposi��o do PT. "N�o diga que o Bolsa Fam�lia � seu. Havia o Bolsa Escola, Cadastro �nico, Vale G�s, Vale Alimenta��o no governo FHC e da� nasceu o Vale G�s. Os programas s�o do povo brasileiro".
Sa�de
A qualidade da sa�de foi outro tema do bloco. A�cio afirmou que os gastos com sa�de diminu�ram no governo Dilma e questionou o que � preciso para melhorar esse setor.
Na resposta, Dilma destacou a cria��o do Samu, o Mais M�dicos e programas como o Brasil Cegonha e farm�cia popular, al�m da destina��o dos royalties do petr�leo. A presidente aproveitou para criticar a gest�o tucana em Minas Gerais. "Ficou claro que o senhor n�o investiu o m�nimo constitucional e desviou da sa�de R$ 7,6 bilh�es", afirmou, questionando o que o tucano faria com o Mais M�dicos.
A�cio negou a informa��o sobre Minas e disse que seu partido queria aprovar a realiza��o do Revalida para o Mais M�dicos e equalizar os sal�rios entre os m�dicos cubanos e os demais.