'Crime organizado � uma multinacional', diz oradora da SIP

S�o Paulo - A grande luta da democracia e da imprensa � contra o crime organizado, "mas o crime organizado � hoje uma enorme multinacional - n�o s� do narcotr�fico, mas da minera��o ilegal, da gasolina, do contrabando, do tr�fico de pessoas, e a isso os Estados respondem de forma d�bil e fragmentada", disse nesse domingo, 19, � plateia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) a ex-relatora de Liberdade de Express�o da Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) Catalina Botero.

Ela e o advogado Miguel Angel Vivanco, da ONG Human Rights Watch, dos EUA relataram, em um dos pain�is do dia, a forma como combatem o autoritarismo e como a imprensa � fundamental para que sigam com suas tarefas.

Em sua fala, Vivanco disse que est� se impondo, em toda a Am�rica Latina, "uma banaliza��o dos compromissos para defender as liberdades p�blicas". O maior exemplo, prosseguiu, foi iniciativa adotada na II C�pula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizada em Havana, no in�cio do ano. Ela estabelece o compromisso dos Estados signat�rios de n�o intervir de nenhuma forma em assuntos internos um do outro.

"Trata-se de uma medida de corte inteiramente autorit�rio", afirmou. "Assim fica dif�cil pressionar um governo para que cumpra os compromissos coletivos de defender as liberdades fundamentais".