O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, confirmou que a Uni�o dever� buscar na Justi�a ressarcimento pelos preju�zos causados pelo esquema de corrup��o na Petrobr�s, denunciado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. "Uma vez comprovados desvios, os respons�veis obviamente dever�o responder nos tribunais, n�o s� do ponto de vista criminal, mas tamb�m do ponto de vista civil, ressarcindo os cofres p�blicos", afirmou Cardozo, depois da abertura da XXII Confer�ncia Nacional dos Advogados.
Tamb�m presente ao encontro organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse que a decis�o da presidente de tentar reaver as verbas desviadas � "uma iniciativa leg�tima da Uni�o, politicamente correta e juridicamente vi�vel". O vice lembrou que est�o sendo apuradas responsabilidades e os poss�veis preju�zos causados. "No instante em que haja apura��o de responsabilidades e dimensionamento dos preju�zos, � poss�vel tentar reaver esses eventuais preju�zos em benef�cio da Uni�o", afirmou Temer.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse serem "bem-vindas" iniciativas que buscam ressarcimento aos cofres p�blicos de recursos desviados. "Temos exemplos de recursos que est�o sendo recuperados. O Minist�rio P�blico est� muito ativo nesse sentido. Essas iniciativas s�o muito bem-vindas e perfeitamente poss�veis do ponto de vista jur�dico e t�cnico", afirmou o presidente do Supremo.
Um dos palestrantes da confer�ncia dos advogados, o ministro do STF Luis Roberto Barroso elogiou o recurso da dela��o premiada como caminho para aprofundar investiga��es, como acontece no caso da Petrobras, mas alertou que � preciso haver limites e deve ser usado "na medida certa". As investiga��es de corrup��o na Petrobr�s avan�aram com a dela��o premiada de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Eles denunciam um esquema de desvio de dinheiro que envolve empresas prestadoras de servi�o da Petrobr�s e partido pol�ticos. "Em um Estado democr�tico de direito, para tudo h� um limite. N�o acho que a dela��o premiada possa justificar um 'bill de indenidade'(garantia de absolvi��o): cometo um crime, confesso, acuso alguns e estou fora", disse Barroso. "Se usado na medida certa, � um mecanismo positivo", acrescentou.
A�cio
Jos� Eduardo Cardozo respondeu �s cr�ticas do candidato do PSDB a presidente de que Dilma se vangloria de ter determinado as investiga��es do Minist�rio P�blico e da Pol�cia Federal, quando, segundo o tucano, esta � a obriga��o constitucional dessas institui��es.
"Acho que h� um equ�voco na cr�tica. O que a presidenta diz � que ela, atrav�s de suas medidas, garantiu autonomia para a investiga��o da Pol�cia Federal, do Minist�rio P�blico. que ela diz � que n�o nomeou pessoas que engavetavam processos", afirmou Cardozo.
Debate
Temer elogiou o desempenho da companheira de chapa, Dilma Rousseff, no debate de domingo, 19, com o tucano A�cio Neves, na TV Record. Os dois advers�rios priorizaram discuss�o de propostas e n�o repetiram os ataques pessoais do confronto organizado pelo no SBT.
"A presidenta estava exalando sinceridade, certeza, foi uma coisa muito adequada para ela", disse Temer, que revelou n�o ter gostado da troca de acusa��es do debate anterior.
O vice-presidente definiu como "quente" o atual momento da campanha presidencial. "H� empate entre as duas campanhas. O debate de ontem melhorou muito o n�vel, foi muito propositivo. A presidenta saiu-se bem e que no �ltimo debate, na sexta-feira, se repita a ideia da proposi��o. No debate anterior, n�o gostei do que aconteceu. Mas ontem foi muito adequado", disse.