Faltando cinco dias para a defini��o do pr�ximo presidente da Rep�blica, os dois candidatos, Dilma Rousseff e A�cio Neves, levaram ao ar na TV cr�ticas m�tuas e propostas. De um lado, Dilma criticou Arm�nio Fraga e falou de propostas para melhorar a situa��o de mulheres v�tima de viol�ncia. J� A�cio acusou Dilma de entregar o governo pior do que recebeu e lamentou o que chamou de campanha "na lama", composta de mentiras an�nimas.
A parte propositiva do programa de Dilma tratou de pol�ticas para as mulheres. Dilma prometeu criar a "Casa da Mulher Brasileira", um local que dar� assist�ncia a mulheres v�timas de viol�ncia dom�stica. Ela lembrou ainda a san��o da lei Maria da Penha pelo ex-presidente Lula e a regulamenta��o do trabalho de dom�stica, que foram apresentadas como avan�os.
No fim, ap�s a apresenta��o de dados favor�veis ao governo, a presidente questionou o eleitor. "O outro candidato nega tudo isso. Ok, isso faz parte da disputa eleitoral. Mas voc� acha que o Brasil est� melhor ou pior do que antes? Acha que os tucanos fizeram mais do que n�s?", indagou a candidata � reelei��o.
O contra-ataque de A�cio veio logo no primeiro ato de seu programa. Ele disse que o governo de Dilma fez o Brasil "crescer menos do que a maioria dos pa�ses da Am�rica do Sul", "ter as maiores taxas de juros do mundo" e "a maior carga de impostos da hist�ria".
Em seguida, A�cio falou sobre a campanha no segundo turno e os apoios que recebeu. O tucano lamentou as "muitas agress�es" que vem sofrendo e disse que a campanha foi "para a lama". "N�o tenho o menor problema em aceitar cr�ticas, faz parte do jogo pol�tico. Mas quando a cr�tica se transforma em ataque e quando esse ataque se transforma em mentira - e mais grave ainda, em mentira an�nima - a� a campanha vai para a lama". O tucano disse, por�m que est� disposto a pagar o pre�o "para resgatar o que o Brasil tem de melhor".
No final, o programa mostrou obras da transposi��o do Rio S�o Francisco, com canais inacabados e uma rep�rter caminhou por um canal sem �gua. "Preste aten��o no que Dilma falou no debate", dizia um locutor antes de a candidata do PT aparecer dizendo que as obras do S�o Francisco estavam "em pleno vapor".
Moradores da regi�o reclamaram do atraso nas obras e o aumento nos gastos previstos - de R$ 4 bilh�es para R$ 8,2 bilh�es - foi criticado. "A promessa aqui era para em 2013 estar tudo pronto", afirmou um agricultor de Cabrob�, em Pernambuco.