Belo Horizonte - Segundo maior col�gio eleitoral do pa�s com 15,2 milh�es de eleitores ou 10,67% do total, Minas Gerais est� sendo considerado um dos principais palcos nesta disputa de segundo turno dos presidenci�veis do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, A�cio Neves.
No primeiro turno, Dilma Rousseff ganhou de A�cio no Estado por uma diferen�a de cerca de 400 mil votos. A petista teve 43,48% dos votos v�lidos e o tucano, 39,75%. A import�ncia do Estado levou lideran�as do PT e do PSDB a se empenhar nesta reta final para conquistar o eleitor mineiro. Tanto A�cio como Dilma devem passar por Minas no �ltimo dia antes do pleito.
Depois de pedir a b�n��o no Santu�rio da Piedade, em Caet�, na segunda-feira, 20, o candidato do PSDB cumprir� outro ritual: visitar� o t�mulo do av�, Tancredo Neves, em S�o Jo�o Del Rey na manh� de s�bado, 25. J� Dilma far� uma caminhada por Belo Horizonte. Nesta semana, o tucano tamb�m passou por Belo Horizonte e a petista esteve em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro.
Al�m de refor�ar a presen�a dos candidatos no Estado, as estrat�gicas incluem a mobiliza��o de lideran�as nos munic�pios e a distribui��o de material de campanha, com cabos eleitorais nas ruas e panfletagem, e at� telefonemas e posts em redes sociais. Em paralelo � campanha oficial, surgiram em Belo Horizonte muros pichados e materiais ap�crifos com cr�ticas aos dois concorrentes.
Apostas
O presidente do PT em Minas Gerais, deputado Odair Cunha, disse que a campanha de Dilma nestes dias que antecedem a vota��o tem enfatizado o trabalho da milit�ncia nas ruas e a participa��o mais intensiva do governador eleito, Fernando Pimentel (PT), que venceu o tucano Pimenta da Veiga no primeiro turno.
"Estamos refor�ando o material de propaganda em que Pimentel aparece ao lado de Dilma para mostrar que os dois podem fazer mais e melhor por Minas", diz Cunha.
O presidente do PT mineiro disse que a sigla tem realizado plen�rias e encontros para discutir propostas para o Estado em �reas como seguran�a p�blica e sa�de. A ideia � refor�ada a tese de que as a��es para essas �reas priorit�rias podem ser otimizadas caso Dilma seja reeleita, pois ela estar� mais em sintonia com o correligion�rio. "� imposs�vel dissociar Pimentel de Dilma", reitera o dirigente petista.
O presidente do PSDB em Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, tamb�m aposta no trabalho da milit�ncia tucana para tentar reverter o resultado do primeiro turno e garantir vantagem a A�cio Neves. "Apesar dos ataques que estamos sofrendo, muitos deles ap�crifos, n�o vamos sair do nosso estilo propositivo de fazer campanha, pois achamos que uma campanha presidencial n�o pode ser feita na base do vale-tudo", afirmou.
Cunha rebate o presidente do partido advers�rio dizendo que foram os pr�prios tucanos que partiram para o vale-tudo ao trazer para o centro da arena cr�ticas infundadas � presidente Dilma.
"Eles dizem que s�o a inova��o, mas est�o com discurso antigo, trazendo o passado de volta, como o ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga, que n�o cuidou da infla��o no governo FHC e faz parte de um projeto que atende os interesses do capital especulativo."
Pesquisas
Neste segundo turno, de acordo com pesquisas de institutos locais divulgadas nesta �ltima semana de campanha, A�cio teria tomado a dianteira entre os mineiros. A expectativa da campanha tucana � chegar ao dia do pleito com vantagem de 1,8 milh�o de votos - a meta inicial era abrir 4 milh�es.
O dirigente do PT, a exemplo do que fez o presidenci�vel A�cio Neves ao questionar a pesquisa nacional do Datafolha, questiona as mostras, mas no n�vel estadual. "Pelas nossas pesquisas (trackings), retomamos o patamar anterior, de lideran�a em Minas Gerais, em raz�o da reflex�o da popula��o a respeito do nosso projeto, que � o melhor para o Estado e para o pa�s."
O presidente do PSDB mineiro contesta essa avalia��o, destacando que A�cio est� crescendo n�o apenas em Minas, mas em col�gios eleitorais importantes do Pa�s, sobretudo os da regi�o Sudeste e em Estados do Nordeste, como Pernambuco.