Parlamentares inclu�ram novamente em uma medida provis�ria um artigo que permite o parcelamento de d�vidas cobradas pela Procuradoria-Geral da Uni�o (PGU), o que beneficia empresas e pessoas condenadas a devolver recursos federais aos cofres p�blicos. A medida, que abre a brecha para que esses d�bitos sejam pagos ao longo de 15 anos e que tamb�m abrange o pagamento de multas em a��es por improbidade, foi inclu�da na Medida Provis�ria (MP) 651, aprovada na �ltima semana pela C�mara dos Deputados.
Para virar lei, a MP precisa ainda passar pelo Senado e ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff. A MP 651 trata da reinstitui��o do Reintegra e torna permanente a desonera��o da folha de pagamentos, al�m de reabrir o prazo para ades�o ao Refis - programa de refinanciamento de d�vidas fiscais com a Receita. Para n�o perder a validade, ela precisa ser aprovada pelo Congresso at� 6 de novembro.
O relator da MP 651, deputado Newton Lima (PT-SP), disse que n�o conhecia as implica��es do dispositivo, mas que aceitou acolh�-lo na comiss�o especial para que toda o texto da MP n�o perdesse a validade. Lima disse que � contra a emenda e que o Pal�cio do Planalto deve vet�-la depois de a tramita��o no Congresso ser conclu�da.
A emenda � do senador Gim Argello (PTB-DF), que n�o conquistou um novo mandato neste ano. Ele afirmou que atendeu a um pedido de um prefeito aliado de Goi�s, que tem uma d�vida de R$ 75 mil por "problemas em um conv�nio". De acordo com ele, o parcelamento dos d�bitos da PGU far� com que esse tipo pagamento seja vi�vel.
N�o � a primeira vez que o petebista tenta aprovar um parcelamento que beneficia pessoas condenadas por improbidade. Em julho, conforme revelou o Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, � �poca, o senador incluiu uma emenda id�ntica na Medida Provis�ria 641. Essa MP, no entanto, n�o foi votada a tempo pelo Legislativo e perdeu a validade.