
Coordenador em Minas da campanha do candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB) acredita que o tucano vencer� a disputa neste domingo. “As pesquisas no primeiro turno foram um fiasco em termos de confiabilidade. Ent�o h� d�vida quanto �s pesquisas. O meu sentimento � que a elei��o � cabe�a a cabe�a”, diz ele. Para Anastasia, a candidatura de A�cio conseguiu algo que n�o se viu em nenhuma outra disputa pelo PSDB nos �ltimos 20 anos: “Percebemos essa onda de rep�dio ao PT, de exaust�o ao modelo petista que se
Qual � a estrat�gia do PSDB na reta final de campanha?
Sabemos que a campanha tem como carro-chefe a propaganda televisiva e os debates que alcan�am milh�es. Mas isso n�o afasta o trabalho da nossa estrutura pol�tica que est� mobilizada, distribuindo material, conversando, desmentindo as mentiras que s�o inventadas diariamente – de que A�cio vai acabar com o Bolsa Fam�lia, que vai acabar com o Minha Casa, Minha Vida, que vai prejudicar os bancos p�blicos… A campanha do PT � uma campanha baseada no medo. Na verdade o que se v� � que o PT tem uma campanha baseada em fatos mentirosos, de afirma��es abusivas, completamente fora da realidade. Nossa campanha desmente e apresenta as nossas propostas.
Qual � a avalia��o da campanha hoje sobre a corrida eleitoral?
Estamos extremamente otimistas e acreditamos na vit�ria do A�cio. As pesquisas no primeiro turno foram um fiasco em termos de confiabilidade. Ent�o h� d�vida quanto �s pesquisas. O meu sentimento � que a elei��o � cabe�a a cabe�a. E essa elei��o, acho que o mais importante do que isso, fez algo que est� adormecido. A nossa candidatura motivou uma imensa milit�ncia volunt�ria que n�o se viu na campanha do (Jos�) Serra, do Geraldo (Alckmin) e acho que nem na do Fernando Henrique (Cardoso). Percebemos essa onda de rep�dio ao PT, de exaust�o ao modelo petista que se disseminou pelo Brasil afora. Isso � muito positivo para a democracia e positivo tamb�m para mostrar que n�o existe no Brasil, como eles querem, o monop�lio do lado certo, ao contr�rio, temos milh�es de militantes nas ruas pela primeira vez. Pela primeira vez o voto de legenda do PSDB foi maior do que o do PT. As coisas est�o mudando. Estamos num crescendo e o PT fica com essa tese de dividir o Brasil. A�cio � muito feliz nisso, ele quer governar para todos. E ele tem essa capacidade, esse perfil. O nosso trabalho aqui � nesse sentido. � um governo de concilia��o, de integra��o, um governo que ser� bom para todos.
Em sua avalia��o, por que o PSDB perdeu as elei��es para o governo de Minas?
S�o v�rias explica��es. Tivemos a morte de Eduardo Campos (PSB), que colocou a Marina (Silva) como candidata, e naquele momento, n�o s� em Minas, mas em todo o pa�s, passou a encarnar o anti-PT. Essa circunst�ncia da Marina tirou do A�cio, naquele momento, o protagonismo nacional. E aqui em Minas tamb�m. Isso atrapalhou o nosso candidato, o Pimenta da Veiga. Houve tamb�m, a meu ju�zo, um equ�voco da comunica��o em nossa campanha, que n�o apresentou o que fizemos no governo, um governo de boa avalia��o. E quando come�ou a apresentar j� era tarde. E houve tamb�m contra n�s as pesquisas, especialmente o Ibope, que apresentaram n�meros irreais e na v�spera das elei��es apresentou 30 pontos de frente para o Fernando Pimentel (PT). As bases no interior quando viram aquilo… E olha que contados os votos faltaram s� tr�s pontos para haver o segundo turno. Se a campanha durasse mais tr�s ou quatro dias, n�o s� o A�cio, que estava 10 ou 12 pontos atr�s da Dilma em Minas a passaria – pois ficou s� quatro pontos –, como tamb�m ter�amos segundo turno da elei��o de governador. Al�m disso, tem, � claro, o que o pr�prio PT alega que usou, os Correios. A frase � do nosso deputado Durval (�ngelo) de que usou o dedo do PT para ajudar a Dilma.
O PSDB de S�o Paulo est� unido na campanha do A�cio?
Totalmente unido. E essa campanha tamb�m demonstrou que aquele resultado da elei��o em Minas Gerais nas elei��es presidenciais de 2006 e de 2010 – aquela tese que alguns de S�o Paulo defendiam nunca existiu, de que n�o conseguimos dar a vit�ria ao (Geraldo) Alckmin e ao (Jos� )Serra. Minas � um estado em que o PT tem um percentual forte especialmente no Norte. Esse resultado demonstra que de fato a elei��o presidencial em Minas � dif�cil, mesmo tendo um candidato daqui.
O pa�s dever� sair bem dividido nas urnas. Nunca se viu uma disputa t�o acirrada. Ganhe quem ganhar, dever� ser uma dist�ncia pequena. Isso dar� legitimidade para reformas profundas?
No caso do A�cio dar� sim, porque, se eleito, a primeira coisa que ele vai sepultar � esse discurso abusivo do PT do “n�s contra eles”. Isso n�o existe. O PT cria isso com objetivo de dividir o pa�s. Aquela teoria maquiav�lica antiga de dividir para governar. Isso � um absurdo. Ent�o, ele, pela capacidade de consenso que tem, far� duas reformas hemorr�gicas fundamentais. A pol�tica e a tribut�ria. E ele sempre defende a tese de que essas reformas, por sua dimens�o e envergadura, t�m de ser apresentadas e discutidas no in�cio do governo, quando tem mais capacidade de articula��o. Ele � um h�bil negociador congressual.