Bras�lia - Em meio � resist�ncia do PMDB a uma das principais bandeiras do segundo mandato da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) - a implanta��o de uma reforma pol�tica por meio de um plebiscito -, o vice-presidente Michel Temer defendeu nesta ter�a-feira, 28, que o tema seja tratado por meio de um di�logo entre Congresso, sociedade e Executivo.
Em seu primeiro pronunciamento ap�s a apura��o dos votos, Dilma disse no �ltimo domingo, 26, que, entre as reformas que pretende promover agora, "a primeira e mais importante" � a reforma pol�tica, compromisso que j� constava no seu programa de governo lan�ado na campanha de 2010. Dilma reiterou a import�ncia de mobilizar a sociedade em um plebiscito, por meio de consulta popular.
Ap�s a declara��o de Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota em que afirma acreditar que o melhor caminho para tratar do assunto � o Congresso Nacional aprovar a reforma e submet�-la a um referendo popular.
"� preciso dialogar sobre isso, com o Congresso, com a sociedade, evidentemente estamos no come�o de tudo. Ali�s, nem come�o do novo mandato, apenas vencemos as elei��es. Haver�, disse a presidente, um grande di�logo no Congresso Nacional sobre esse tema e temos que caminhar juntos nisso: o Congresso, o Executivo e a sociedade brasileira", disse Temer.
Di�logo
De acordo com a vice-presidente, a conversa com Dilma foi para tratar de uma "uni�o nacional em todos os setores brasileiros". "Ela (Dilma) me chamou para conversar sobre esse di�logo nacional que quer realizar, na verdade ela est� em busca da uni�o nacional em todos os setores brasileiros e vamos trocando ideia sobre isso. O objetivo � exatamente esse: passado o calor e a paix�o eleitoral, fazer uma unidade em todo o Pa�s", comentou o vice-presidente.
"Isso significa di�logo, como ela tem repetidamente dito, com todos os setores. Nesse sentido � que trocamos algumas ideias, conversamos um pouco. Evidentemente vou colaborar muito nisso."
Questionado sobre o tamanho do PMDB no segundo mandato de Dilma, Temer respondeu: "Ser� compat�vel com o tamanho do PMDB".
Acordo
O vice-presidente disse que n�o tratou na reuni�o com a presidente sobre o acordo entre PT e PMDB quanto � presid�ncia da C�mara dos Deputados. As duas siglas disputam o controle do posto - o PMDB tenta emplacar o deputado Eduardo Cunha (RJ).
"N�o tratamos disso, mas em elei��es passadas faz�amos um acordo, at� escrito, entre PT e PMDB, os dois maiores partidos, e ajust�vamos que um bi�nio era do PT e um era do PMDB. Acho que desta feita talvez tamb�m esse fosse o melhor caminho, esse acordo deu certo para o Congresso, deu muita harmonia interna e muita harmonia na rela��o do Congresso com o Executivo", avaliou o vice-presidente. "O Congresso vai discutir isso, mas eu s� recordo esse exemplo porque, volto a dizer, deu bons resultados l� no Congresso."