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Estado de Minas

Depois de convocar imprensa, Pizzolato cancela coletiva

Por e-mail, seu advogado esclareceu que o cancelamento ocorre porque "algumas de suas declara��es foram instrumentalizadas" e revelaram not�cias "falsas"


postado em 03/11/2014 14:07 / atualizado em 03/11/2014 14:22

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensal�o, tinha prometido fazer seu "desabafo" nesta ter�a-feira, mas cancelou a entrevista coletiva. Em M�dena, o ex-diretor convocou a imprensa para dar a sua vers�o dos fatos. Fontes pr�ximas a ele indicaram que ele iria defender sua inoc�ncia, atacar a decis�o do STF e at� justificar o uso de documentos falsos para fugir do Brasil. Mas, menos de 24 horas antes do evento, ele cancelou a coletiva sob o argumentando de que a imprensa estava publicando "not�cias falsas" sobre suas condi��es de vida.

Em um e-mail, seu advogado esclareceu que o cancelamento ocorre porque "algumas de suas declara��es foram instrumentalizadas" e revelaram not�cias "falsas". "Pizzolato n�o tem nada a adicionar � argumenta��o jur�dica do processo de extradi��o da Corte de Bolonha", indicou. O advogado Alessandro Sivelli insiste que a recusa da Corte em extradit�-lo � resultado da constata��o de que seu advogado n�o teve seus direitos de defesa respeitados no Brasil e que as pris�es brasileiras n�o garantem seus direitos b�sicos.

A coletiva de imprensa ocorreria nos escrit�rios de Sivelle, um de seus tr�s advogados, que estabeleceu regras para o encontro e indicou que os "convidados" aceitariam n�o perseguir o brasileiro pela It�lia.

Ao deixar a pris�o, na semana passada, Pizzolato hesitou em falar. Mas quando viu que a imprensa italiana tamb�m o aguardava, optou por dar declara��es de amor � Justi�a italiana, dizer que estava com a "consci�ncia limpa" e garantir que foi alvo de uma injusti�a.

Sivelli chegou a dizer que era favor�vel � "liberdade de imprensa" e que todos seriam chamados para ouvir seu cliente. Pizzolato at� hoje n�o apareceu no endere�o que ele indicou para a pol�cia, em Maranello.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado a doze anos e sete meses de pris�o no julgamento do mensal�o. Em outubro de 2013, ele fugiu para a It�lia com um passaporte falso de um irm�o morto h� mais de 30 anos. Em fevereiro deste ano, ele acabou sendo descoberto na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, no norte da It�lia, e levado para a pris�o de M�dena.

O Brasil pediu sua extradi��o e o Minist�rio P�blico Italiano saiu em defesa do argumento brasileiro. Nesta semana, por�m, o Tribunal de Bolonha rejeitou o pedido e liberou Pizzolato. As autoridades brasileiras garantem que v�o recorrer da decis�o, mas temem que a Corte de Cassa��o, em Roma, apenas confirme o julgamento. Diante desse cen�rio, a AGU e o Minist�rio P�blico Federal debatem a possibilidade de pedir que os italianos fa�am Pizzolato cumprir sua pena em uma pris�o europeia.

H� menos de um ano, o governo italiano acatou um acordo proposto pelo Brasil para permitir que um brasileiro possa cumprir uma pena numa pris�o italiana e vice-versa. Pizzolato pode ser um dos primeiros a usar o tratado. Mas, para isso, a Justi�a italiana ter� de rever o processo do mensal�o.

Documentos obtidos com exclusividade pelo Estad�o revelam que, apesar de n�o ter concedido a extradi��o de Pizzolato ao Brasil, a Justi�a italiana n�o deu indica��es de que considera que o processo do mensal�o foi pol�tico ou ilegal, como argumentaram os advogados do brasileiro.

Num documento de 7 de abril de 2014, o Minist�rio Publico italiano apontou que "o dinheiro retirado do ente p�blico foi, ao menos em parte, destinado ao n�cleo central da organiza��o criminosa, composto por Jos� Dirceu, Jos� Genoino, Silvio Pereira e Del�bio Soares". O dinheiro serviria para "pagar por campanhas pol�ticas".


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