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Estado de Minas

Pizzolato planejava comprar casa em Porto Venere

Porto Venere � uma regi�o � beira do Mar Mediterr�neo que foi o primeiro ref�gio do brasileiro, a menos de 200 km de Modena


postado em 31/10/2014 07:31 / atualizado em 31/10/2014 08:01

Porto Venere - Ele chegou � It�lia h� um ano como fugitivo, usando documentos em nome do irm�o morto h� mais de 30 anos. Hoje, � um homem livre, com identifica��o leg�tima em seu pr�prio nome. Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil e condenado a 12 anos e 7 meses de pris�o no julgamento do mensal�o no Supremo Tribunal Federal, recome�ou nesta quinta-feira, 30, a reconstruir a vida longe do Brasil.

A Justi�a do pa�s europeu autorizou a devolu��o dos documentos italianos do brasileiro, que haviam sido apreendidos em fevereiro. Pizzolato tem dupla cidadania. Na ter�a-feira, a Corte de Apela��o de Bolonha havia negado o pedido de extradi��o feito pelo Brasil. Com a devolu��o dos pap�is, poder� viajar, trabalhar, comprar im�veis e votar.

Em dezembro, segundo a Justi�a italiana, o ex-diretor do BB deve ser indiciado por falsidade ideol�gica e por mentir a funcion�rios p�blicos sobre sua identidade, mas s�o crimes considerados de menor gravidade e, por isso, o brasileiro n�o corre risco de passar uma nova temporada preso ou sob vigil�ncia.

Pizzolato foi preso em fevereiro, na casa de um sobrinho que trabalha para a Ferrari em Maranello, no norte da It�lia, e levado para a pris�o de M�dena. A deten��o interrompeu o roteiro tra�ado pelo ex-diretor para a vida de foragido: comprar uma casa em Porto Venere, regi�o � beira do Mar Mediterr�neo que foi o primeiro ref�gio do brasileiro, a menos de 200 km de Modena.

Entre limoeiros, p�ssaros e uma vista cinematogr�fica do mar e dos barcos ancorados, o ex-diretor vivia uma vida discreta. A todos os vizinhos e amigos dessa primeira estadia, Henrique se apresentava como Celso, nome do irm�o morto em 1978. Pizzolato frequentava a pra�a central da cidade, caminhava entre os morros e passeava pela orla. Tamb�m recebia a visita do sobrinho.

O brasileiro vivia em uma casa alugada. Ele passou o r�veillon passado com o senhor Giovanni, dono do im�vel. Mas as autoridades italianas apuraram que Pizzolato queria comprar uma casa. Porto Venere � um dos locais mais sofisticados na costa da Lig�ria, com vista privilegiada para o Golfo dos Poetas.

Alertas

Toda essa rotina foi monitorada pela pol�cia italiana. Ap�s o primeiro alerta da Interpol sobre o ex-diretor, as autoridades do pa�s detectaram que um certo Pizzolato havia pedido documentos na prefeitura de Porto Venere.

Um segundo alerta, sobre o sumi�o do carro com placa da Espanha usado por Pizzolato, fez a pol�cia ampliar as buscas que levaram � pris�o em Maranello, na casa do sobrinho. Em seguida, ao revistar a casa em Porto Venere, os agentes encontraram documentos de contas banc�rias na Espanha e pap�is que indicavam o plano de fazer uma negocia��o imobili�ria.

Ao deixar a pris�o, na ter�a-feira, Pizzolato afirmou que poderia visitar regi�es da It�lia - prometeu ir ao local onde um irm�o do seu av�, nascido h� 100 anos, foi ferido na Primeira Guerra -, e disse que o C�rcere Santana, em Modena, era melhor que “oito anos sem poder sair de casa” no Brasil. O ex-diretor declarou como endere�o fixo � Justi�a italiana a casa do sobrinho.

Os documentos italianos de Pizzolato estavam apreendidos em La Spezia, principal cidade da regi�o onde fica Porto Venere. O procurador de La Spezia, Maurizio Caporuscio, disse que a situa��o dele � regular at� a conclus�o do processo sobre falsidade ideol�gica, mas com o recurso contra a negativa na extradi��o pedida pelo Brasil.

Uma nova a��o levaria o caso a uma Corte de Cassa��o, em Roma. Mas uma audi�ncia poderia levar um ano para ser marcada e, enquanto isso, Pizzolato n�o tem qualquer obriga��o legal. "Ele pode viver como um homem livre", afirmou Caporuscio.


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