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Estado de Minas

Youssef refor�a envolvimento do PP em esc�ndalo

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro disseram em depoimento que ao menos 1% do valor dos contratos da Diretoria de Abastecimento da empresa era repassado para a legenda


postado em 01/12/2014 07:31 / atualizado em 01/12/2014 12:05

O doleiro Alberto Youssef afirmou a investigadores da Opera��o Lava Jato que “s� sobram dois no PP” em refer�ncia ao envolvimento de pol�ticos do partido no esquema de corrup��o na Petrobras. Youssef voltou a citar integrantes da sigla em dela��o premiada aos procuradores da for�a-tarefa que apura crimes relacionados a neg�cios da estatal. O doleiro � o principal acusado de lavar dinheiro desviado de contratos superfaturados da Petrobr�s para a legenda.

O PP tem papel de protagonista no esc�ndalo, segundo a investiga��o. A for�a-tarefa da Lava Jato acredita que os desvios na petrol�fera ocorrem h� pelos menos 15 anos. Mas foi o ex-deputado Jos� Janene (PP-PR), r�u no processo do mensal�o morto em 2010, quem organizou a corrup��o na estatal, fazendo com que as c�pulas das siglas envolvidas fossem beneficiadas diretamente.

Nas palavras de um investigador, “Janene transformou a corrup��o no varejo em esquema de organiza��o partid�ria”. O modelo que ele teria criado consistia em concentrar a negocia��o e o pagamento de propinas num diretor, e n�o mais em v�rios agentes p�blicos dentro da estatal.

Em depoimentos no processo que tramita na Justi�a Federal no Paran�, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro afirmaram que ao menos 1% do valor dos contratos da Diretoria de Abastecimento era repassado para o PP. A ideia teria sido copiada por PT e PMDB, os dois principais partidos da coaliz�o governista.

Caber� ao Supremo Tribunal Federal autorizar a investiga��o sobre o suposto envolvimento de autoridades com direito a foro privilegiado, como ministros de Estado e congressistas, no esquema da Petrobr�s. O ministro do Supremo Teori Zavascki � o relator do processo. Os nomes dos pol�ticos est�o sendo citados em dela��es premiadas, cujo conte�do integral est� sob sigilo.

Com o fim da contribui��o de Youssef, que prestou seu �ltimo depoimento na semana passada, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pretende come�ar a pedir as primeiras aberturas de inqu�rito ao STF. Para Janot, j� h� elementos para que a participa��o de pol�ticos seja apurada.

In�cio

De acordo com a investiga��o, o esquema organizado por Janene come�ou em 2004 - ocasi�o em que o PP emplacou Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da estatal - e funcionou ao menos at� mar�o deste ano, quando a Opera��o Lava Jato foi deflagrada pela Pol�cia Federal. Percorreu, portanto, dois governos e tr�s legislaturas. Nesse per�odo, o partido se tornou a quarta maior bancada da C�mara dos Deputados, com 40 representantes, e contou com cinco senadores. Atualmente, em bloco com o PROS, � a terceira maior for�a do Congresso Nacional.

Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, nos �ltimos dias, os investigadores da Lava Jato identificaram um homem apontado como o segundo operador do PP - al�m do doleiro Alberto Youssef - no esquema: Henry Hoyer de Carvalho, que j� foi assessor do ex-senador e ex-l�der do PMDB no Senado Ney Suassuna.

No governo Dilma Rousseff, o PP controla o Minist�rio das Cidades, uma das pastas de maior or�amento na Esplanada, respons�vel por obras de saneamento e pelo Programa Minha Casa Minha Vida.

O irm�o do ex-ministro das Cidades M�rio Negromonte, Adarico Negromonte, � um dos investigados na Lava Jato, acusado de transportar dinheiro da propina para Youssef. Na sexta-feira, ap�s ter a pris�o tempor�ria revogada pela Justi�a, Adarico deixou a carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba para responder ao processo em liberdade.

“O Congresso todo conhecia o Paulo Roberto (Costa). As evid�ncias est�o surgindo e ningu�m mais pode duvidar disso”, disse � reportagem M�rio Negromonte, que foi l�der do partido na fase p�s-Janene. Neste ano, ele se desfiliou do PP para assumir cargo de conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia.

O deputado federal reeleito Esperidi�o Amim (PP-SC) tamb�m avalia que o partido ser� atingido, mas os alvos, para ele, devem ser dirigentes antigos e n�o atuais da sigla.

‘Nada oficial’. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), n�o quis comentar a declara��o de Youssef sobre o envolvimento do partido no esquema. Nogueira disse que, at� o momento, “n�o h� nada de oficial” que envolva parlamentares da legenda e que est� � disposi��o das autoridades para colaborar com as investiga��es e prestar esclarecimentos.


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