Em sess�o de acarea��o da CPMI o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-diretor da �rea Internacional da companhia, Nestor Cerver�, afirmaram que mant�m os depoimentos. Cerver� falou aos parlamentares em setembro deste ano. J� Costa ficou em sil�ncio durante sua passagem pela comiss�o, mas falou � Justi�a, ap�s acordo de dela��o premiada. Costa acusou Cerver� de ter recebido propina pela compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Cerver�, contudo, nega as acusa��es.
Nestor Cerver� disse que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), n�o apresentou nenhuma irregularidade, j� que estava dentro do plano de expans�o da presen�a internacional da estatal. “O projeto se enquadra nos planos estrat�gicos do conselho da Petrobras, aprovado em 1999”, afirmou. Ele ainda declarou que o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) “t�m equ�vocos” e que n�o existe preju�zo na negocia��o. “Eu ratifico meu depoimento”. Ainda em sua fala, Cerver� afirmou que sua defesa estava sendo paga pela Petrobras, procedimento normal da empresa com os diretores, mas que, em caso de condena��o, ele ter� que ressarcir os valores. Na sequ�ncia refor�ou: “n�o conhe�o qualquer esquema de propina”.
O outro acareado na sess�o da CPMI, Paulo Roberto Costa, apesar de dizer que n�o falaria, acabou respondendo a questionamentos que tinha sido tratados por ele na dela��o. “N�o vou responder a nenhuma pergunta, devido a esse processo [de dela��o] que estou passando. Todas as d�vidas sobre esse processo foram esclarecidas ao Minist�rio P�blico, esclare�o a Pol�cia Federal e � Justi�a”, declarou, ressaltando que o processo foi “muito longo e exaustivo”. "O que eu disse para o juiz S�rgio Moro, eu confirmo", afirmou. Ainda durante sua fala, Costa disse que estava "enojado" com o esquema na estatal, por isso, decidiu falar � Justi�a.
O ex-diretor de Abastecimento disse que confirma tudo o que falou na dela��o premiada, mas fez uma ressalva: s�o declara��es "que n�o posso abrir aqui", justificou. "N�o tem nada na dela��o que eu n�o confirme. � um instrumento extremamente s�rio. N�o pode ser usado de artif�cio", explicou. Segundo Costa, foram 80 depoimentos, mais de duas semanas na dela��o. "O que est� l�, eu confirmo. Provas? Est�o existindo, est�o sendo colocadas. Falei de fatos, dados e das pessoas. Tudo o que eu falei eu confirmo", declarou.
Os dois est�o sentados um em frente ao outro, acompanhado do seus advogados, e numa mesa em frente � da dire��o da CPI mista. Costa est� com um espessa barba branca. A sala da reuni�o est� lotada de deputados e senadores, em sua maioria da oposi��o, assessores parlamentares e jornalistas. O pedido para coloc�-los frente a frente foi aprovado pela comiss�o no �ltimo dia 18 de novembro, a pedido do deputado �nio Bacci (PDT-RS).
Com Ag�ncia Estado