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Estado de Minas

Crimes v�o al�m da Petrobras, afirma juiz da Lava Jato

Planilha de dados sobre cerca de 750 obras p�blicas foi apreendida com o doleiro Alberto Youssef


postado em 05/12/2014 09:37 / atualizado em 05/12/2014 10:08

S�o Paulo - O juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava Jato, considera que existem ind�cios de que os crimes de corrup��o e propinas "transcenderam a Petrobras". Ele demonstra perplexidade com a planilha de dados sobre cerca de 750 obras p�blicas, "nos mais diversos setores de infraestrutura, que foi apreendida com Alberto Youssef".

Doleiro e alvo central da Lava Jato, Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa fizeram dela��o premiada e relataram a a��o do cartel das empreiteiras na estatal petrol�fera. A planilha que incomoda o juiz da Lava Jato foi apreendida no dia 15 de mar�o, quando a opera��o saiu � ca�a dos investigados.

Na ter�a-feira, em Bras�lia, durante sess�o da CPI mista da Petrobras, Costa afirmou que o esquema de propinas � generalizado no Pa�s. Funciona, segundo o delator, "nas rodovias, portos, ferrovias e aeroportos".

Despacho

Moro fez as considera��es sobre corrup��o ao rejeitar pedido de extens�o da ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que mandou soltar o ex-diretor de Servi�os da estatal Renato Duque, indicado ao cargo pelo PT.

Duque foi solto na quarta-feira e imediatamente dois executivos - Erton Fonseca, da Galv�o Engenharia, e Gerson de Mello Almada, da Engevix Engenharia, alvos da Lava Jato por suspeita de envolvimento com o cartel das empreiteiras -, pediram extens�o da medida. O juiz federal rejeitou os pedidos.

Moro destacou que h� provas "de esquema criminoso duradouro e sistem�tico para frustrar licita��es da Petrobras, impor pre�os em contratos p�blicos sem concorr�ncia real, lavar recursos obtidos nos crimes e, com eles, efetuar remunera��es a agentes p�blicos, inclusive a diretores e gerentes da Petrobras".

Planilha

Ao fazer men��o � planilha sobre 750 obras p�blicas na mira do doleiro Youssef, o magistrado mostrou que existe a possibilidade de a organiza��o ter estendido seus interesses para al�m da Petrobras.

Para os investigadores, a planilha apreendida com Youssef indica que ele ampliou seu raio de a��o para outros �rg�os p�blicos que det�m or�amentos bilion�rios. Eles suspeitam que o doleiro enriqueceu com as comiss�es que recebeu intermediando neg�cios em v�rias estatais. Assim como na Petrobras, em outras estatais ele pode ter criado esquema semelhante ao investigado na Lava Jato, na avalia��o da PF, inclusive com repasse de propinas e abastecimento de caixa 2 de partidos.

"Na tabela, relacionada obra p�blica, a entidade p�blica contratante, a proposta, o valor e o cliente do referido operador, sendo este sempre uma empreiteira, ali tamb�m indicado o nome da pessoa de contato na empreiteira", observa o juiz. "Embora a investiga��o deva ser aprofundada quanto a este fato, � perturbadora a apreens�o desta tabela nas m�os de Alberto Youssef, sugerindo que o esquema criminoso de fraude � licita��o, sobrepre�o e propina vai muito al�m da Petrobras", diz S�rgio Moro.

Para o juiz, "os crimes, quer praticados atrav�s de cartel de empresas, quer produto de iniciativa individual de cada empresa, revelam quadro extremamente grave em concreto". Moro observa que "n�o se pode excluir a possibilidade do mesmo modus operandi ter sido ou estar sendo adotado em outros contratos com outras empresas ou entidades p�blicas".


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