O sentimento existente na c�pula das For�as Armadas, particularmente no Ex�rcito, �s v�speras da divulga��o do relat�rio da Comiss�o Nacional da Verdade, � de irrita��o e insatisfa��o.
Os ataques feitos aos militares por integrantes da comiss�o, que insistem que os comandos das For�as t�m de reconhecer que cometeram viola��es aos direitos humanos, o que � recha�ado por todos, incomoda muito os oficiais-generais da ativa, segundo depoimentos reunidos pelo Estado.
A pr�pria presidente Dilma Rousseff, que receber� oficialmente o relat�rio final na quarta-feira, dia 10, j� sinalizou que n�o quer, neste momento delicado de economia fragilizada, abrir um novo flanco de problema, em uma �rea que n�o lhe d� dor de cabe�a. Por isso mesmo, de acordo com um interlocutor direto de Dilma, o tom da presidente sobre este assunto, neste momento, � de concilia��o.
Os generais consultados pelo Estado foram un�nimes em afirmar que o momento � de espera para avalia��o do que ser� apresentado. Segundo um oficial-general da ativa, que n�o pode se manifestar publicamente, se houver um ataque frontal, ser� preciso tomar provid�ncias, “mas tudo pelos caminhos normais, legais, seguindo a hierarquia, sem nada que afronte a lei ou os princ�pios democr�ticos”.
Nos comandos militares, o entendimento � que o Minist�rio da Defesa est� conduzindo a quest�o de forma satisfat�ria e n�o tem nenhum interesse em alimentar uma crise. Portanto, a expectativa � de que as respostas venham exatamente pelo ministro ou o Minist�rio da Defesa, que falariam politicamente em nome das For�as Armadas. O que mais tranquiliza os militares � a determina��o de que n�o h� espa�o para qualquer altera��o ou revoga��o da Lei da Anistia.