O resultado apertado da disputa presid�ncia deste ano, ao contr�rio das tr�s �ltimas elei��es para o Pal�cio do Planalto, modificou o jeito tucano de ser. Sai a oposi��o em cima do muro que tanto marcou o partido e entra marca��o cerrada, para usar o jarg�o do futebol que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tanto gosta. N�o � � toa que a presidente Dilma Rousseff quer come�ar logo o segundo mandato. Tanto que pretende anunciar esta semana os nomes de pelo menos 12 ministros, inclu�dos na lista os j� conhecidos da �rea econ�mica.
� uma esp�cie de ant�doto ao quadro p�s-eleitoral que Dilma tem que enfrentar. Na �rea econ�mica, a desavergonhada mudan�a para 'cumprir' as metas fiscais que o pr�prio governo havia fixado e n�o conseguiu cumprir, como o super�vit prim�rio. Na seara pol�tica, como se diz, todo mundo sabe como come�a uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI), n�o como termina. Por isso, o governo tem pressa em encerrar logo as duas CPIs em andamento: uma mista, que est� em vigor, outra exclusiva do Senado, que j� veio a falecer.
S� que as investiga��es da Pol�cia Federal na Petrobras continuam e sabe-se l� o tamanho do estrago que elas podem fazer nos partidos envolvidos. N�o � � toa que a presidente Dilma j� deixou claro que vai manter Jos� Eduardo Cardozo no Minist�rio da Justi�a. � uma esp�cie de ant�doto para combater o veneno que vem dos policiais federais, que n�o andam muito satisfeitos com as mudan�as nas regras de comando na corpora��o feitas p� Dilma.
J� os tucanos est�o cada vez mais parecidos com os petistas de antigamente. At� manifesta��es de rua andam fazendo. Da� a onda de cronistas pol�ticos ligados ao PT em torno de uma conspira��o visando ao impeachment. Deveriam estar mais preocupados com o julgamento do Tribunal Superior do Eleitoral (TSE) das contas de campanha. Preocupa��o que deveriam ter tamb�m os demais partidos.