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Estado de Minas

Ministro da CGU entrega carta de demiss�o a Dilma Rousseff

Ap�s nove anos no cargo, ministro Jorge Hage diz que n�o continua no pr�ximo mandato da presidente


postado em 08/12/2014 13:20 / atualizado em 08/12/2014 14:26

(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil )
(foto: Ant�nio Cruz/Ag�ncia Brasil )

O ministro da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), Jorge Hage, disse nesta segunda-feira que n�o continua no pr�ximo mandato de Dilma Rousseff. Ele informou que entregou a carta de demiss�o ainda no m�s passado. Ap�s nove anos no cargo, o ministro disse que “chegou a hora de descansar”. Em abertura de semin�rio, pela manh�, ele defendeu novos mecanismos de controle da corrup��o para as empresas estatais.

“Apresentei � presidenta Dilma Rousseff minha carta pedindo que ela me dispense do pr�ximo mandato. A minha pretens�o � n�o ter minha nomea��o renovada. Estou pedindo demiss�o. J� estou h� 12 anos nesta tarefa, j� cumpri com o meu dever, dei a minha contribui��o. S�o 12 anos [na CGU], nove como ministro, est� na hora de descansar”, argumentou Hage.

Durante abertura de um evento alusivo ao Dia Internacional Contra a Corrup��o, promovido pela CGU, Hage fez discurso de quem pretende deixar o posto. Ele fez um balan�o do per�odo em que esteve � frente do �rg�o, exaltando conquistas no combate � corrup��o, e ainda fez cr�ticas ao baixo or�amento da CGU.

“De nossa parte, temos clareza de estamos cumprindo com as atribui��es que as leis nos davam, al�m de propormos inova��es legais necess�rias para ampliarmos nosso instrumental de a��o”, discursou Hage. Ap�s elogios ao corpo funcional da CGU, o ministro ressaltou que eles t�m “se desdobrado ao limite das for�as”.

“A CGU representa apenas 0,5% das despesas da Uni�o, considerando seu or�amento total. E, se consideramos somente os gastos correntes e de capital, nosso peso relativo � ainda menos, pois n�o passa de 0,007% dos gastos correntes e de capital do governo federal. Confronte-se isso com o que os cofres p�blicos deixam de perder, em desperd�cio ou em desvios, em consequ�ncia das a��es da CGU, e ter-se-� uma ideia da relev�ncia desse trabalho”, acrescentou o ministro.

Segundo Hage, desde 2004, a atua��o do �rg�o de controle reduziu a cultura da impunidade no Brasil e levou � exclus�o de mais de 5 mil funcion�rios p�blicos dos quadros da administra��o federal, al�m de tornar mais de 4,3 mil empresas inid�neas. “Para n�s, que acreditamos ser a transpar�ncia o melhor ant�doto contra a corrup��o, esses n�meros s�o muito animadores”, frisou.

O ministro considerou ainda que o Brasil precisa ampliar, complementar e elevar os recursos no sistema de controle e preven��o da corrup��o e encontrar uma forma de incluir nos mecanismos de controle externo as empresas estatais de economia mista, como a Petrobras. Hage ressaltou a necessidade de uma reforma pol�tica, “para reduzir o espectro partid�rio a um n�mero razo�vel de partidos”, al�m de uma reforma do processo judicial.

“Estas [estatais de economia mista] situam-se praticamente fora do alcance do sistema, a n�o ser pela via das auditorias anuais de contas, procedimento basicamente formal-burocr�tico, de baixa efetividade para fins de controle. Fora da�, t�m-se apenas, da parte do �rg�o central, a possibilidade de auditorias por amostragem ou decorrentes de den�ncias, o que � absolutamente insuficiente, na medida em que se alcan�a apenas alguns contratos. O que acaba de ser descoberto na Petrobras constitui clara evid�ncia disso”, afirmou.

Sobre a Opera��o Lava Jato e o esquema de corrup��o na Petrobras, Hage considerou que os �rg�os de investiga��o v�m cumprindo seu papel. “� evidente que, quanto mais se investiga, mais se descobre. E a popula��o mais se v� tomada pela perplexidade e pela justa indigna��o. Mas, se o problema existe e tem tais dimens�es, essa � uma etapa inevit�vel que tem que ser vivida”, analisou. (Com Ag�ncia Brasil)


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