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Estado de Minas

Ministro da CGU faz cobran�a ao pedir exonera��o do cargo

Hage anuncia pedido de demiss�o e defende controle maior de estatais


postado em 09/12/2014 06:00 / atualizado em 09/12/2014 07:55

Bras�lia – O an�ncio de que pretende deixar o cargo acompanhado de cr�ticas ao modelo de fiscaliza��o das empresas estatais, sobretudo de economia mista, como a Petrobras, feito pelo ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), Jorge Hage, evidenciou a crise interna do �rg�o por causa da Opera��o Lava-Jato. Nessa segunda-feira, o ministro reiterou que, ap�s 12 anos de CGU, sendo oito no comando do �rg�o, a inten��o � passar o bast�o: “J� cumpri meu dever. Est� na hora de descansar”. No lugar dele entra o atual secret�rio executivo da Casa Civil, Valdir Sim�o.

Um dos motivos que teriam impulsionado a decis�o de Hage � a forte press�o que o governo tem feito para que as empresas citadas na opera��o n�o se tornem inid�neas. H� um temor dentro do Pal�cio do Planalto de que sem as empreiteiras o pa�s pare. No m�s passado, o ministro disse que para os envolvidos no esquema fecharem o acordo de dela��o premiada eles deveriam ressarcir a Petrobras e detalhar o funcionamento da fraude.

Nessa segunda-feira, o ministro ressaltou que � preciso que as estatais e as empresas de economia mista invistam em sistemas de controle interno. “� preciso trazer as estatais para o foco do controle porque atualmente elas t�m sistema de licita��o pr�prio”, disse. Segundo ele, esses contratos s� n�o est�o fora do alcance por causa das auditorias anuais de contas, “procedimento basicamente formal-burocr�tico, de baixa efetividade para fins de controle”.

Durante o seu discurso, Hage defendeu ainda a reforma pol�tica e a reforma do processo judicial, que � hoje “intoleravelmente moroso”. O ministro elogiou ainda a parceria entre a CGU e outros �rg�os de investiga��o e fiscaliza��o como a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico e o Tribunal de Contas da Uni�o. Em entrevista ap�s o evento, Hage informou que j� pediu ao juiz federal S�rgio Moro a c�pia da lista das 747 obras presentes em planilha apreendida no escrit�rio do doleiro Alberto Youssef, investigado pela Opera��o Lava-Jato e que est� colaborando com a Justi�a. A lista inclui v�rias obras p�blicas em diversos setores, al�m daquelas da Petrobras. Parte delas � tocada pela administra��o federal.

O ministro reclamou dos cortes or�ament�rios que a CGU sofreu nos �ltimos anos. “A Controladoria j� tinha historicamente um or�amento pequeno. Representamos um peso �nfimo no or�amento federal, sobretudo se comparado com o que se evita em desperd�cio e desvios”, argumentou.

Hage assumiu a CGU em junho de 2006, ainda no governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Em 2010, quando montava seu primeiro escal�o, a presidente Dilma Rousseff chegou a articular a troca de Hage. A petista convidou Maria Elizabeth Rocha, ministra do Superior Tribunal Militar, que recusou.


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