Curitiba - A for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, que apura o esquema de desvios envolvendo contratos da Petrobras, vai colaborar com as investiga��es tocadas pela Securities and Exchange Commission (SEC), �rg�o que fiscaliza o mercado de capitais americano.
Al�m da colabora��o com a SEC, os investigadores v�o buscar dados sobre o dinheiro movimentado pelos envolvidos naquele pa�s. Em outra miss�o, uma equipe viajar� � Su��a no fim de janeiro, em busca de dados sobre mais opera��es financeiras. Em depoimentos prestados em regime de dela��o premiada, investigados descreveram o caminho dos recursos, apontando offshores e contas abertas no exterior para o recebimento de propinas pagas por empreiteiras e outros fornecedores.
Um dos objetivos da for�a-tarefa � obter mais elementos sobre os supostos repasses ao ex-diretor de Servi�os Renato Duque. Um dos delatores, o executivo J�lio Camargo, da Toyo Setal, disse que numa das opera��es, por exemplo, fez dep�sitos de US$ 1 milh�o para o ex-diretor, ligado ao PT, numa conta da offshore "Drenos", mantida no Banco Cramer, em Lugano. "O benefici�rio dos pagamentos na conta Drenos � o pr�prio Renato Duque", disse Camargo.
A partir das informa��es sobre a movimenta��o financeira, a for�a-tarefa pretende oferecer den�ncia contra Duque. Embora apontado como benefici�rio de propinas na estatal, ele n�o consta como alvo de a��es j� ajuizadas pela for�a-tarefa.
Nessa ter�a, o Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro entrou com a��o civil p�blica por improbidade administrativa contra a Petrobras, a empreiteira Andrade Gutierrzes. S�o alvos da a��o tamb�m o ex-diretor da estatal Jos� S�rgio Gabrielli e outros sete funcion�rios, entre eles Renato Duque. A decis�o diz respeito a obras do Centro de Pesquisas (Cenpes) e implanta��o do Centro Intengrado de Processamento de Dados da estatal.
Nos Estados Unidos, a SEC abriu processo para apurar se a Petrobras descumpriu a lei anticorrup��o americana e se o esquema de desvios em diversas �reas da companhia prejudicou acionistas. Um dos aspectos em an�lise � se a empresa omitiu, em demonstrativos enviados ao �rg�o, informa��es financeiras relevantes.
Nos Estados Unidos, a Petrobras � tamb�m alvo de a��es de investidores, que cobram ressarcimento de perdas provocadas pelos desvios. Uma delas, apresentada pelo escrit�rio Wolf Pooper, diz que a companhia omitiu uma cultura de "corrup��o".
No Brasil, o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) alerta desde 2009 para o superfaturamento de obras, como no caso da Refinaria Abreu e Lima.
A Petrobras s� informou � SEC dados sobre irregularidades em suas obras e neg�cios em abril deste ano, ap�s o esc�ndalo de corrup��o ser divulgado pela imprensa.