�tore Medeiros
Bras�lia – Deputados e senadores devem votar nesta quinta-feira o relat�rio final da CPI Mista da Petrobras, que n�o foi apreciado na noite de ontem por falta de qu�rum. Apesar de o relator Marco Maia (PT-RS) ter feito ajustes no texto apresentado na semana passada – e que agora pede com clareza o indiciamento de 52 envolvidos em casos de corrup��o na estatal –, a oposi��o foi al�m e, em um texto alternativo, eleva os n�mero de indiciados para 60, incluindo entre eles a presidente da estatal, Maria das Gra�as Foster; o ex-presidente S�rgio Gabrielli; o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, entre outros.
Sampaio criticou a fragilidade do relat�rio de Marco Maia, por ter deixado de fora o eventual envolvimento do Pal�cio do Planalto no esquema de desvio e lavagem de dinheiro na estatal para pagamento de propinas a partidos pol�ticos, revelado pela Opera��o Lava-Jato, da Pol�cia Federal. O tucano tamb�m critica a aus�ncia de men��o a pol�ticos, empres�rios e servidores p�blicos. Em seu texto, Sampaio pede ainda a abertura de inqu�ritos contra 36 pessoas citadas na CPI Mista, como os senadores Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffman (PT-PR), Fernando Collor (PTB-AL), o ministro Paulo Bernardo (Comunica��es), al�m de outros parlamentares, diretores e ex-diretores da Petrobras.
“O epis�dio da Petrobras n�o � apenas o maior esc�ndalo de corrup��o da nossa hist�ria contempor�nea, � o maior da hist�ria contempor�nea do planeta, e por isso n�s precisamos agir. N�o � poss�vel que com tantas den�ncias, confiss�es e indiciamentos j� feitos, o Congresso Nacional passasse ao largo dessas quest�es”, protestou o senador A�cio Neves (PSDB-MG). O congressista mineiro elogiou o texto de Sampaio e refor�ou a necessidade de uma nova CPI na pr�xima legislatura, para aprofundar as investiga��es sobre a corrup��o na estatal.
Maia se defendeu e criticou o relat�rio n�o oficial. “N�o h� indiciamento de pol�ticos porque o que n�s temos s�o vazamentos de informa��es que n�o se confirmaram. N�o tivemos acesso � dela��o premiada. N�o posso partir apenas de uma ila��o para fazer uma acusa��o grave. Seria uma temeridade e uma irresponsabilidade”, criticou. Embora deixe claro que Foster n�o foi citada em nenhum dos documentos que chegaram � CPI, o relator criticou a perman�ncia dela na presid�ncia da estatal. “� �bvio que o momento pol�tico pelo qual passa a Petrobras, o momento econ�mico, exige uma mudan�a, uma transforma��o. Mas esta n�o � uma recomenda��o de um relat�rio de uma CPI. � uma decis�o que deve ser tomada pela presidente.”
A sess�o para an�lise do relat�rio da comiss�o, que havia sido suspensa � tarde, recome�ou depois das 21h, com pol�mica. Reuni�es de CPIs s� podem ocorrer quando n�o h� vota��es nos plen�rios da C�mara e do Senado. O vice-presidente da comiss�o, Gim Argello (PTB-DF), que presidiu os trabalhos da CPI � tarde, recusou-se a reabri-los de noite, argumentando que o Senado ainda estava em sess�o ordin�ria (quando h� vota��o).
Os opositores recorreram a uma alternativa do regimento reabrindo a sess�o sob a presid�ncia da o parlamentar mais idoso, Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA). A CPI, ent�o, deu in�cio � aprecia��o do relat�rio do deputado Marco Maia (PT-RS) por volta das 22h15. Antes que a vota��o fosse conclu�da, no entanto, o petista Sib� Machado exigiu que fosse verificado se havia o qu�rum m�nimo de 17 parlamentares. Como s� havia 11, a sess�o foi encerrada. (Com ag�ncias)