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Estado de Minas

Deputado ganha R$ 91 mil por um mandato de 44 dias

Depois de mais de seis meses de batalha judicial, C�mara empossa o deputado mineiro Denilson Teixeira. Ele receber� os sal�rios de dezembro e janeiro, al�m de ajuda de custo


postado em 19/12/2014 06:00 / atualizado em 19/12/2014 09:54

Deputado Denilson Teixeira (PV)(foto: Reprodução/Twitter)
Deputado Denilson Teixeira (PV) (foto: Reprodu��o/Twitter)
A cinco dias do in�cio do recesso parlamentar, a C�mara dos Deputados deu posse ontem a Denilson Francisco Teixeira (PV-MG). Ele ter� 44 dias de mandato, sendo 39 deles no per�odo de f�rias. A curta passagem pela Casa, al�m de pouco produtiva em termos de trabalho legislativo, pode sair cara ao contribuinte: quase R$ 100 mil de sal�rios e ajuda de custo.

A posse ocorre seis dias depois de Teixeira garantir a vaga em decis�o liminar da Justi�a, conforme mostrou o Estado de Minas na segunda-feira. Ele entra no lugar de Ant�nio Roberto (PV), que se aposentou por invalidez em 8 de maio. No m�s seguinte, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aur�lio Mello determinou que a cadeira fosse ocupada pelo suplente mais votado ainda filiado ao PV.

A C�mara, no entanto, havia empossado o Subtenente Gonzaga para a vaga, que foi o suplente do PV mais votado em 2010. Em setembro de 2013, por�m, Gonzaga migrou para o PDT. O segundo suplente de deputado federal da lista de 2010 do PV, Ra�l Bel�m, filiou-se ao PP. J� o terceiro suplente, Reinaldo Lima, migrou para o PTdoB. O quarto suplente foi Teixeira, que teve 14.650 votos.

S� depois de pedir a pris�o do presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e de toda a Mesa Diretora por descumprimento da ordem judicial Teixeira garantiu a cadeira. Pela curta temporada na Casa, receber� sal�rio por 13 dias de dezembro e pelo m�s de janeiro, al�m de uma ajuda de custo igual ao subs�dio mensal dos deputados (R$ 26,7 mil) dada no fim e in�cio do mandato para “ajudar o parlamentar a se estabelecer na capital”.

A soma pode chegar a R$ 91 mil. A Diretoria-Geral da Casa vai tentar sustar a ajuda de custo sob a alega��o de que ele toma posse na semana final dos trabalhos. A C�mara vai ter de decidir ainda se ele ter� direito a outras verbas, como contrata��o de funcion�rios para o gabinete (R$ 78 mil), aux�lio-moradia (R$ 3,8 mil) e a verba indenizat�ria (R$ 32,8 mil).

Ontem, ele tomou posse em uma sess�o esvaziada e fez um discurso-desabafo na tribuna. “O tempo � curto, mas suficiente para plantar sementes. Lutamos desde 8 de maio para assumir o mandato e hoje, dia 18, faz seis meses que foi dada a liminar para assumir a vaga. N�o trabalhamos s� nas sess�es, mas tamb�m nos minist�rios. Quero levar benfeitorias para o Centro-Oeste de Minas e minha cidade de Arcos. Assumo sem ressentimento, sem m�goas e sem constrangimentos”, afirmou.

Teixeira disse, em entrevista, que a “culpa” pela posse tardia � da C�mara, que sempre deu desculpas – como o recesso branco na Copa do Mundo – para n�o emposs�-lo antes. “Decidi brigar porque quero deixar para minhas filhas o exemplo: t�m que lutar pelo seu direito. Est�o dando �nfase ao tempo que eu vou assumir (como deputado), em vez ao n�o cumprimento da liminar. Estive aqui 21 vezes, sempre prometiam que eu ia assumir e nada. Mineiro � bobo, acredita nas pessoas.”


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