
A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, afirmou que a funcion�ria Venina Velosa da Fonseca nunca fez den�ncias de corrup��o a ela por e-mail ou pessoalmente, contrariando a afirma��o feita por Venina, ao programa Fant�stico, da Rede Globo, neste domingo, 21.
Venina acusa a presidente da Petrobras de omiss�o diante de avisos da exist�ncia de um esquema de corrup��o na empresa. Segundo Gra�a, a funcion�ria nunca foi clara em suas mensagens e que nunca citou palavras como corrup��o ou conluio. Gra�a respondeu �s acusa��es da funcion�ria em entrevista transmitida pelo Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira, 22.
"Ela n�o fez uma den�ncia. Ela dizia tarde demais para entrar em detalhes", disse Gra�a, que contou ainda que, ao assumir a presid�ncia da Petrobras, conversou pessoalmente com Venina, mas n�o sobre den�ncias.
A conversa, segundo Gra�a, foi sobre a agenda do dia-a-dia da empresa, sobre prazos e pre�os dos projetos. "Conversamos sobre custos de projetos mais altos do que o previsto, prazos e atitudes que eu precisava tomar para ir para outro caminho", afirmou.
A executiva disse esperar que Venina tenha os documentos que comprovem suas den�ncias. "Espero muito que ela tenha todos os documentos. Vai ajudar muito a Petrobras e o Minist�rio P�blico Federal", afirmou.
Gra�a elogiou o trabalho de Venina na Petrobras em Cingapura, onde esteve por dois momentos. No primeiro momento, a funcion�ria viajou para cursar uma p�s-gradua��o, quando ainda era aliada do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator da Opera��o Lava Jato da Pol�cia Federal. No segundo, ap�s um desentendimento com Costa, Venina teria assumido a �rea de comercializa��o do escrit�rio no pa�s asi�tico, segundo a presidente da estatal.
Apesar de elogiar a qualidade do trabalho de Venina na empresa, Gra�a disse que a funcion�ria foi afastada do cargo de chefia e est� sendo investigada por uma auditoria interna por n�o ter seguido os procedimentos internos definidos com o objetivo de inibir desvios de recursos na contrata��o de equipamentos e servi�os.
"N�s n�o temos todas as ferramentas que o Minist�rio P�blico tem e que a Pol�cia Federal tem. A gente n�o faz escuta telef�nica, n�o tem identifica��o de que tenha havido conluio, de que tenha havido m�-f�, que algu�m tivesse recebido propina, nada disso. Mas os procedimentos da companhia n�o foram seguidos � risca", disse Gra�a.
Ao fim da entrevista, Gra�a Foster fez ainda um apelo para que os funcion�rios da companhia que tiverem informa��es de irregularidades em contrata��es recorram � ouvidoria da empresa. Ela tamb�m pediu aos funcion�rios que "enfrentem a situa��o com determina��o".