
Tanto Gomes quanto Kassab deixaram as respectivas legendas �s quais estavam filiados – respectivamente, PSB e DEM – para criar partidos que poderiam controlar com m�o de ferro. O governador do Cear� deixou o PSB ap�s discordar da candidatura de Eduardo Campos ao Pal�cio do Planalto, e Kassab abandonou o DEM quando ainda era prefeito de S�o Paulo. Outro ponto de interse��o � que os dois partidos nasceram sob a �gide governista.
Cid Gomes esteve na semana passada no Pal�cio do Planalto para dizer � presidente Dilma que aceitaria o convite para ser ministro da Educa��o. N�o conseguiu falar com a petista, pois ela tinha viajado para Buenos Aires, onde participaria da reuni�o de c�pula do Mercosul.

Gilberto Kassab, que j� tem um afilhado pol�tico na Esplanada – o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos –, assumiu uma das pastas com o or�amento mais robusto: o Minist�rio das Cidades. Desalojou o PP, que ocupava o posto desde 2004, quando o petista Ol�vio Dutra deixou a Esplanada. Os pepistas devem ocupar o Minist�rio da Integra��o Nacional, que atualmente � conduzido por Francisco Teixeira, ligado aos irm�os Gomes. “S�o duas pastas equivalentes. A Integra��o tem boa inser��o no Norte e no Nordeste, onde o PP � forte”, comemorou uma lideran�a do partido.
Kassab, que, segundo aliados da presidente, foi escolhido para a pasta por conta da expertise de ex-prefeito de S�o Paulo, ser� respons�vel por conduzir alguns dos projetos mais caros � presidente: o Minha Casa, Minha Vida e os PACs Saneamento e Mobilidade Urbana. O PSD de Kassab, cuja cria��o contou com o empenho pessoal do PT, do Planalto e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, fez alian�a formal com a presidente nas elei��es de outubro deste ano.
Alves bate em retirada
A assessoria do presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), divulgou nota na tarde de ontem dizendo que o partido deixaria o parlamentar de fora da lista de ministeri�veis do segundo mandato devido �s cita��es de seu nome na Opera��o Lava-Jato. Segundo o texto, o pr�prio deputado entrou em contato com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, e pediu que seu nome n�o fosse considerado entre os poss�veis para a composi��o do “honroso novo minist�rio” da presidente Dilma Rousseff (PT). O documento afirma que a cita��o do nome de Henrique Eduardo Alves no �mbito da Lava-Jato � “absurda” e que ele faz quest�o de tal situa��o seja esclarecida.
