Processo de cidade dos EUA contra Petrobras � refor�o para uma nova CPI

 

Bras�lia – A decis�o da cidade de Providence, capital do estado norte-americano de Rhode Island, de arrolar 11 autoridades e empres�rios brasileiros como “pessoas de interesse” em a��o contra a Petrobras e o envolvimento de parlamentares com o esquema de corrup��o na companhia, apontado nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato, servir�o de combust�vel para a abertura de uma nova comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) contra estatal no pr�ximo ano. Na avalia��o de lideran�as da oposi��o no Congresso, diferentemente do que ocorreu com as cinco CPIs que tiveram a petroleira como alvo nos �ltimos 25 anos, um novo colegiado poder� apresentar resultados mais concretos.

No grupo citado na a��o de Providence est� inclu�da at� mesmo a presidente Dilma Rousseff, segundo revelou ontem o jornal O Estado de S. Paulo. Integram a lista tamb�m o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, o empres�rio Jorge Gerdau e o executivo F�bio Barbosa, presidente do Grupo Abril, todos eles ex-integrantes do Conselho de Administra��o da Petrobras.
 O l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR), disse que, diferentemente das investiga��es anteriores, n�o h� como a base do governo tentar “acobertar” os desmandos da estatal. “Isso caiu por terra porque a Justi�a, o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal come�aram a agir e atropelaram a base do governo em rela��o a essas den�ncias”, disse.

Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), n�o h� como a base aliada votar contra “evid�ncias contundentes” de irregularidades contra a estatal. Ele considerou como “in�dito” o fato de um caso de corrup��o no Brasil ser objeto de um pedido de abertura de processo nos EUA contra uma empresa estatal brasileira.

 A situa��o da oposi��o, por�m, n�o est� totalmente confort�vel diante das den�ncias da Opera��o Lava-Jato. O ex-diretor Paulo Roberto Costa afirmou em um dos depoimentos da dela��o premiada que S�rgio Guerra, ex-presidente do PSDB e ex-senador, que morreu em mar�o deste ano, recebeu R$ 10 milh�es de uma empreiteira do esquema para que os tucanos ajudassem a esvaziar a CPI da Petrobras que funcionou no Congresso no ano de 2009. A dire��o do PSDB nega que o partido tenha colaborado para enterrar a apura��o.

 Autor de tr�s pedidos de CPI da Petrobras, o vice-l�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), acredita, diferentemente de seus colegas, que uma nova CPI pode n�o ser t�o eficaz no momento. Segundo ele, o melhor para o Congresso seria propor a cria��o de uma CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), na qual poderiam ser investigados empr�stimos da institui��o a empreiteiras envolvidas na Opera��o Lava-Jato. “Temos que alargar o foco at� para achar outros v�nculos”, disse o senador tucano, ressalvando que a posi��o � pessoal e n�o da bancada.