Ao deixar cargo, Hage refor�a necessidade de novo "ciclo" no pa�s

Bras�lia - Ao passar o comando da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) para o novo ministro Valdir Sim�o, Jorge Hage refor�ou na tarde desta sexta-feira a necessidade de aprimorar no pa�s o controle das estatais, sobretudo as de economia mista, como a Petrobras.

O Brasil deve viver agora um "segundo ciclo" do controle p�blico com foco nas empresas estatais, disse Hage, na cerim�nia de transmiss�o de cargo. No in�cio de dezembro, no Dia Internacional de Combate � Corrup��o, Hage anunciara sua sa�da fazendo os apontamentos do que acredita ser necess�rio para avan�ar no controle p�blico. Reiterou tudo hoje.

Segundo o ministro, as empresas de economia mista ficam fora do sistema de controle do Poder Executivo, sobretudo na preven��o de irregularidades. "E � bom lembrar que � por elas que passa hoje a parcela mais vultosa dos investimentos federais", disse ele.

Cada uma das empresas, segundo Hage, precisaria de uma estrutura de controle interno pr�pria "e efetiva", com compet�ncias que v�o al�m da auditoria interna. "Conforme j� tive oportunidade de dizer, o que acaba de ser descoberto na Petrobras constitui clara evid�ncia do que afirmo", disse Hage.

Ele lembrou que, apenas na Petrobras, h� atualmente sete a��es importantes de auditoria - incluindo os casos SBM Offshore e aquisi��o de Pasadena - e cerca de 40 processos de responsabiliza��o de agentes p�blicos e empresas corruptoras.

Reforma

Jorge Hage defendeu ainda em seu discurso de despedida a necessidade da realiza��o de reformas pol�tica e do processo judicial. Para ele, a despeito de dependerem do Congresso Nacional, as reformas "s� acontecer�o se forem abra�adas e lideradas pelo Executivo".