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Estado de Minas

Ministros assumem com discurso afinado com Dilma

Pelo menos 15 titulares assumiram suas pastas e divulgaram planos para os pr�ximos quatro anos. Educa��o, Comunica��o e Defesa ter�o papel de destaque no novo mandato de Dilma


postado em 03/01/2015 06:00 / atualizado em 03/01/2015 07:52

Cid Gomes prometeu anunciar na semana que vem o novo piso salarial do magistério (foto: Elza Fiúza/Agência Brasil )
Cid Gomes prometeu anunciar na semana que vem o novo piso salarial do magist�rio (foto: Elza Fi�za/Ag�ncia Brasil )

Um dia depois da solenidade de posse do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), nessa sexta-feira foi a vez de os ministros que comp�em a equipe da petista assumirem suas pastas e divulgarem seus planos para os pr�ximos quatro anos, afinados com o discurso feito pela presidente na v�spera. Pelo menos 15 dos 39 titulares trabalharam normalmente depois do feriado de fim de ano. Em sua fala no Congresso Nacional, Dilma anunciou que o lema de seu segundo governo ser� “Brasil, p�tria educadora”, e, na esteira do tema, o novo ministro da Educa��o, Cid Gomes (Pros), anunciou uma reforma no ensino m�dio das escolas brasileiras que leve em conta as diferen�as culturais dos estados. Gomes tamb�m aproveitou para anunciar que o piso salarial para os professores este ano ser� definido na pr�xima semana, sem, no entanto, falar em valores.

Para promover a reforma do curr�culo, o ministro disse que ela ser� debatida com diversos setores da sociedade antes de ser implementada, num prazo de dois anos. Para ele, os estudantes t�m que ter contato maior com mat�rias que possam embasar os cursos que pretendem seguir nas universidades. “Temos como grande meta melhorar a qualidade do ensino fundamental. No ensino m�dio, al�m de ampliar o acesso, reformar o curr�culo, compreendendo as caracter�sticas regionais de cada estado”, afirmou. E aproveitou mais uma vez a import�ncia dada por Dilma � pasta: “O Brasil, nos �ltimos 12 anos, teve grande �xito com pol�ticas sociais e de seguran�a alimentar, permitindo que o pa�s sa�sse do mapa da fome. Agora, o novo desafio � o da inclus�o pelo saber. A educa��o � o caminho certeiro para o desenvolvimento humano”, disse Gomes.

Cid Gomes ainda aproveitou a posse para tentar aliviar uma certa insatisfa��o dos professores com o ministro em raz�o da declara��o de que eles “devem trabalhar por paix�o, e n�o por dinheiro”, quando ainda era governador do Cear�. “O que eu disse � que qualquer servidor p�blico, seja ele vereador, governador, m�dico, deputado, professor, antes de qualquer coisa, precisa ter voca��o. � um espa�o que voc� tem por natureza, a posi��o de sacrif�cio pessoal. Claro que voc� tem que ter boa remunera��o. Eu nunca disse que n�o. Seria um contrassenso, porque sou filho de professores. At� por experi�ncia pessoal sei da import�ncia de ter boa remunera��o”, afirmou. Disse ainda que, antes de definir o piso salarial, quer “conversar com representantes de quem vai receber e de  quem vai pagar antes de anunciar publicamente”.

Feridas

Diante de oficiais das Forças Armadas, Jacques Wagner defendeu 'conciliação nacional'(foto: valter Campanato/Agência Brasil)
Diante de oficiais das For�as Armadas, Jacques Wagner defendeu 'concilia��o nacional' (foto: valter Campanato/Ag�ncia Brasil)
O novo ministro da Defesa, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT), optou por um discurso conciliador ao tomar posse. O petista disse que os militares n�o pensam em ruptura da democracia, defendendo a “concilia��o nacional” quando lembrou das “feridas deixadas” pelo per�odo de ditadura. “Eu acho que as pessoas precisam colocar no tempo e no lugar cada coisa. Aquele momento correspondeu aos militares que estavam l� naquele momento, que n�o necessariamente s�o os militares que est�o aqui hoje, com outros desafios, com outra cabe�a. Eu n�o acredito que hoje, na cabe�a de nenhum militar, esteja presente que a ruptura da democracia possa ajudar o desenvolvimento do pa�s”, defendeu o petista. Disse ainda: “Eu n�o vim aqui com nenhuma lanterna na m�o para procurar o passado. Eu vim aqui olhando para a frente. 99,9% da minha preocupa��o � fazer futuro”.

Mesmo com o discurso conciliador, Jaques Wagner disse que n�o vai ignorar as recomenda��es da Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) – que apurou as viola��es de direitos humanos durante o regime militar –, mas ressaltou que elas ser�o “processadas internamente pelo minist�rio”. Comprometeu-se ainda a se empenhar no cumprimento das sugest�es. “Estamos distantes 50 anos do fato e n�o h� por que a gente ficar colocando nenhum tipo de obst�culo ao que a gente tem pela frente para o Brasil. Ent�o, elas ser�o processadas. Eu digo que a verdade e a transpar�ncia n�o machucam ningu�m”, declarou

M�dia

Em seu discurso, Ricardo Berzoini tocou em tema polêmico: a regulamentação da mídia (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Em seu discurso, Ricardo Berzoini tocou em tema pol�mico: a regulamenta��o da m�dia (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil )
Ricardo Berzoini, outro colaborador da presidente Dilma Rousseff no primeiro mandato, quando comandou a pasta de Rela��es Institucionais, e tido como h�bil negociador do PT, assumiu o cargo de ministro das Comunica��es, tocando num tema pol�mico: a regulamenta��o da m�dia. Ele afirmou que o governo vai encaminhar proposta para o Congresso Nacional, depois de “abrir um debate” para colher sugest�es sobre o tema. “Quem regulamenta � o Congresso. O Poder Executivo pode, no m�ximo, apresentar suas propostas. Mas pode tamb�m fomentar a discuss�o e fazer com que as pessoas compreendam de maneira bastante clara o que j� est� na Constitui��o e o que � necess�rio para que se tornem esses direitos constitucionais efetivos”, afirmou. Segundo ele, o minist�rio vai ouvir os setores empresariais, sindicais e organiza��es sociais para formular a proposta final de regulamenta��o econ�mica da m�dia.

Durante toda sua fala, no entanto, o petista tratou de afastar qualquer possibilidade de censura � imprensa. Berzoini disse que, no processo de regulamenta��o, a liberdade de imprensa ser� preservada, como tamb�m determina a Constitui��o. Ele defendeu maior difus�o de conte�do, n�o apenas o oferecido pelas empresas de comunica��o. “Quanto mais avan�os de tecnologia, mais essa liberdade de express�o est� assegurada, porque h� novos meios tecnol�gicos para que n�o apenas grandes corpora��es possam se expressar, mas para que o cidad�o tamb�m possa se organizar para ter a sua comunica��o”, garantiu. (Com ag�ncias)


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