
S�o Paulo - O novo ministro da Educa��o, Cid Gomes (PROS), falou na manh� desta segunda-feira, em entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil, sobre os projetos da pasta neste segundo mandato de Dilma Rousseff. Cid reconheceu haver barreiras para a implanta��o do novo piso nacional para a Educa��o. Ele disse, no entanto, que s�o poucos os estados que n�o pagam o piso.
"O Minist�rio j� vem fazendo, com um software, simula��es em planos de cargos e carreiras do magist�rio. N�s vamos conversar, oferecer ajuda, assessoria (aos Estados que ainda n�o pagam o piso). O Minist�rio P�blico, a sociedade brasileira devem cobrar judicialmente para que todos os entes p�blicos cumpram o piso que deve ser anunciado nesta quarta-feira", disse.
Cid falou ainda sobre sua inten��o de aumentar a frequ�ncia da avalia��o de professores, mas disse que nada ser� imposto pelo governo federal. Ele ponderou que novos m�todos de avalia��o de professores depender�o da aprova��o da presidente Dilma. Credenciado para a pasta ap�s um trabalho elogiado na Educa��o no Cear�, o ex-governador ressaltou seu novo papel de "auxiliar".
"Eu sigo orienta��es. Em todas as miss�es que tive at� hoje, eu era o chefe do Executivo. Agora eu sou um auxiliar da presidente Dilma, tenho que cumprir, em primeiro lugar, os compromissos que ela assumiu", disse Cid ao ser questionado sobre a possibilidade de retomar um projeto de Fernando Haddad de avaliar os professores, uma esp�cie de Enem dos professores. Segundo o ministro, � preciso encontrar formas de incentivar a avalia��o dos docentes, e o papel do governo federal, que n�o � o gestor direto da educa��o b�sica e fundamental, � de regular.
O novo ministro disse concordar com a afirma��o do senador Cristovam Buarque de que a educa��o no Brasil n�o precisa somente de financiamento, mas negou que tenha dito que professor tenha que trabalhar por amor e n�o por dinheiro. "Eu n�o disse que professor tem que trabalhar por amor e n�o por dinheiro. Eu disse que remunera��o � fundamental, mas que � pr�-requisito para trabalhar em todas as �reas p�blicas ter voca��o".
Outra proposta defendida pelo ministro � a de flexibiliza��o do curr�culo do Ensino M�dio. "(Temos que imaginar) Algumas disciplinas que sejam base do curr�culo e outras que possam ser opcionais, segundo j� a voca��o e o gosto de cada estudante".
Sobre o processo de universaliza��o do ensino a brasileiros de 4 a 17 anos, o ministro disse que cada faixa et�ria tem desafios diferentes. Para Cid, o problema do Ensino M�dio � garantir a perman�ncia do estudante na escola. J� para as faixas et�rias mais baixas, o ministro v� um problema de "territorialidade", com a necessidade de se levar escolas para algumas �reas rurais que hoje est�o descobertas.