
S�o Paulo - Governadores de pelo menos 11 estados anunciaram redu��o de cargos de confian�a e de secretarias, mas os cortes efetivos de gastos n�o s�o imediatos. A maioria dos Executivos estaduais prev� diminuir despesas em 2015, mas o detalhamento da maioria das medidas n�o foi divulgado.
Em tempos de baixo crescimento econ�mico e com o governo federal adotando medidas de maior rigor fiscal, a maioria dos governos estaduais procurou demonstrar austeridade nesse in�cio de mandato. Parte das medidas, por�m, acabam tendo mais efeito simb�lico, como a extin��o de secretarias ou o corte de cargos comissionados que n�o eram efetivamente ocupados, que or�ament�rios.
Um exemplo disso � o governador reeleito do Amazonas, Jos� Melo (PROS). Ele disse querer economizar R$ 700 milh�es do or�amento de R$ 15,6 bilh�es para 2015 e que vai extinguir secretarias, mas n�o especificou detalhes dessas medidas.
No Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) afirmou que vai analisar todos os contratos assinados pela antecessora, Rosalba Ciarlini (DEM). Ele n�o especificou metas, mas procurou acalmar os fornecedores. “N�o daremos calote.” A revis�o de pagamentos vai atingir at� a parcela mensal de R$ 10 milh�es � construtora OAS pela Arena das Dunas, usada na Copa de 2014.
O corte de secretarias n�o � consenso para conten��o de gastos. Em S�o Paulo, foram mantidas as 25 pastas pelo governador reeleito, Geraldo Alckmin (PSDB). “Existem secretarias como os Direitos da Pessoa com Defici�ncia, que tem 48 pessoas. �s vezes as estruturas s�o muito pequenas. O que vamos fazer � muito mais (significativo no or�amento)”, disse, no dia 2, quando anunciou medidas como o contingenciamento de 10% das medidas discricion�rias do or�amento para 2015, equivalente a R$ 6,6 bilh�es, segundo o governo.
Decis�o semelhante tomou Luiz Fernando Pez�o (PMDB) no Rio. Ele quer cortar R$ 1,5 bilh�o em despesas e determinou �s 25 secretarias - n�mero igual ao do mandato anterior - que definam os cargos a serem extintos.
At� governadores reeleitos recorrem ao corte de secretarias para demonstrar austeridade no segundo mandato. Na Para�ba, Ricardo Coutinho (PSB), determinou redu��o de 300 postos e extinguiu uma das 33 pastas existentes. O paranaense Beto Richa (PSDB) cortou 2 das 19 secretarias do primeiro mandato. Mas o tucano foi al�m e, al�m de visar economia de R$ 1,5 bilh�o, elevou al�quotas de tributos como IPVA e ICMS da gasolina, al�m do imposto cobrado de pensionistas do Estado.
O mais comum s�o governadores que eram oposi��o extinguirem cargos mantidos pelos antecessores. � o caso de Mato Grosso, onde Pedro Taques (PDT) cortou 5 das 24 secretarias da gest�o Silval Barbosa (PMDB). No vizinho Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) cortou pela metade o pr�prio sal�rio e o do primeiro escal�o, visando economia anual de R$ 800 mil.
Em Minas, Fernando Pimentel (PT) exonerou mais de 50 funcion�rios de confian�a, a maioria ligada ao tucano A�cio Neves. Os atuais 28 cargos com status de secret�rio ser�o mantidos.