A troca de farpas entre a senadora Marta Suplicy e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, � vista com reservas pela oposi��o. Os rivais do PT preferem pregar cautela e esperar o fogo se espalhar sozinho. A pr�pria demonstra��o de pouco espanto, no entanto, � sintom�tica. “� uma coisa que pode ter chamado a aten��o por ter sido dita publicamente, mas essas diverg�ncias internas s�o antigas dentro do PT”, analisa Ronaldo Caiado (DEM-GO), deputado federal e, a partir deste ano, colega de Marta no Senado Federal. “� mais um processo de autofagia do PT, que, com esse processo, como diz a pr�pria ex-ministra e senadora Marta, vai
acabar fechando as portas”, provoca Caiado. Questionado se a oposi��o ganha uma aliada eventual no Senado, com Marta votando contra o governo, Caiado pisa no freio. “N�o avan�aria nesse sinal. Vamos aguardar, sem suprimir etapas.”Duarte Nogueira, eleito deputado federal e presidente do PSDB de S�o Paulo, tamb�m adota tom moderado e evita analisar a influ�ncia das desaven�as petistas nas elei��es paulistanas de 2016. “� um assunto interno do PT: existe uma senadora, ex-ministra, ex-prefeita da capital, ex-deputada, em uma situa��o de declarado conflito com o partido. O PT tem de colocar ordem na casa, porque da parte do PSDB n�o vamos antecipar o calend�rio eleitoral”, sustenta. Nogueira observa, no entanto, que “o que fica � um claro sinal de desarmonia interna dentro do PT”. “Por incr�vel que pare�a, o partido que ganhou as elei��es para o governo federal e para a Prefeitura de S�o Paulo se v� agora numa situa��o dessas. N�o � um bom sinal”.