O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou na tarde desta ter�a-feira, 13, que a ex-prefeita e colega de bancada Marta Suplicy (SP) foi "injusta" nas cr�ticas que fez em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 11, mas defendeu que o partido atue para garantir a perman�ncia dela na legenda.
"Ao mesmo tempo em que acho que ela foi injusta, o partido deve fazer um esfor�o para mant�-la, � uma pessoa leal dentro da bancada", afirmou Costa, em entrevista ao Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado.
Na entrevista, a senadora fez ataques mais duros, ao afirmar que "ou o PT muda ou acaba" e chamar o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) de "inimigo" - para Marta, ele atua para ser candidato � sucess�o de Dilma em 2018, embora negue isso publicamente. A parlamentar disse ainda ter tomado � frente do movimento "Volta, Lula", que defendia a candidatura do ex-presidente ao Planalto em 2014 no lugar de Dilma, por sentir que "ele sempre quis ser candidato".
Um dos poucos interlocutores de Marta no PT, Humberto Costa afirmou que a petista sempre teve reconhecida sua import�ncia pol�tica pelo partido. Ele citou o fato de que ela foi candidata a prefeita, a governadora do Estado de S�o Paulo, ao Senado e, assim que assumiu o mandato de senadora, ocupou a Primeira-Vice-Presid�ncia da Casa, cargo para o qual outros colegas da bancada abrir�o m�o de pleitear em prol dela. Ocupou ainda o Minist�rio da Cultura sob a presid�ncia de Dilma Rousseff.
O l�der do PT disse que Marta fez um excelente trabalho � frente do minist�rio, o que acabou n�o sendo valorizado pelas cr�ticas que divulgou quando da sa�da dela, em novembro. "As quest�es que ela levanta podem ser objetos de discuss�o interna para o partido. Ruim � ter colocado publicamente, se ela tem essa vis�o", afirmou, ao defender um esfor�o para que o partido mantenha a senadora nos quadros partid�rios.
Humberto Costa, que pretende conversar em breve com Marta, disse que se a petista sair "vai cometer um erro de muitos de n�s". "Concorrer a uma elei��o municipal com mandato de senador", afirmou ele, que foi derrotado na disputa � prefeitura de Recife (PE).
Para o l�der do PT, a perspectiva eleitoral de Marta - que deseja concorrer em 2016 novamente � prefeitura de S�o Paulo (SP) - n�o � boa. Ele citou o fato do acordo de petistas e peemedebistas do munic�pio terem fechado um acordo de olho na elei��o municipal, o que dificultaria a ida dela para o PMDB. O PT paulistano fechou quest�o em prol da reelei��o de Fernando Haddad. "Em ela indo para outro partido de posi��o menos importante, a tend�ncia �, talvez, de ela nem chegar ao segundo turno", afirmou. Segundo Costa, se Marta ficar no PT, ela ter� o mesmo tratamento que sempre teve no Senado.