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Estado de Minas

Candidatos � presid�ncia da C�mara lan�am iscas para fisgar deputados

Enquanto Eduardo Cunha e Arlindo Chinaglia priorizam promessas corporativistas na corrida pelo cargo, J�lio Delgado tenta emplacar um discurso de valoriza��o do trabalho parlamentar


postado em 14/01/2015 06:00 / atualizado em 14/01/2015 07:27

Bras�lia – Na briga pelo poder de ditar os rumos da C�mara dos Deputados – o que inclui colocar na pauta de vota��es projetos importantes para o pa�s –, os dois candidatos favoritos � Presid�ncia da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), preferem promessas corporativistas a reivindica��es da popula��o. Para fisgar os colegas, que escolher�o o mandat�rio no m�s que vem, os dois repetem juras de construir mais um anexo para aumentar os gabinetes parlamentares e de equiparar o sal�rio dos deputados ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).


Ambos da base aliada do governo Dilma Rousseff, Cunha e Chinaglia aproveitam o recesso parlamentar para rodar o pa�s em busca do voto dos colegas. Nas conversas, eles prometem dar prioridade � vota��o de projetos que atendam a base eleitoral dos companheiros, mas frisam que v�o brigar para tirar do papel demandas antigas dos deputados. � o caso da constru��o do Anexo 5 da Casa. A promessa de ampliar os espa�os da C�mara � t�o antiga que esteve at� na lista da campanha do pr�prio Arlindo Chinaglia em 2007. Foi repetida nos anos seguintes pelos concorrentes ao posto.

Cunha largou na frente e distribuiu aos colegas um folheto com 10 propostas no in�cio de dezembro, quando lan�ou a candidatura. A maioria dos itens diz respeito diretamente � rotina dos parlamentares, e n�o da popula��o, que tem o presidente da C�mara como o segundo cargo na linha de sucess�o presidencial, atr�s apenas do vice-presidente da Rep�blica. Al�m da constru��o do Anexo 5, Cunha promete expandir o trabalho da TV C�mara aos estados dos deputados.

A ideia tamb�m � antiga. Diante da repercuss�o negativa de not�cias relativas aos deputados, o entendimento de parte dos parlamentares � que a TV C�mara pode ajudar a melhorar a imagem da Casa. Cunha tem investido tamb�m em propostas espec�ficas para as frentes parlamentares da C�mara. Aos parlamentares da bancada ruralista, por exemplo, prometeu colocar na pauta a proposta que transfere ao Congresso o poder de analisar a demarca��o de terras ind�genas. O projeto foi arquivado pelo fim da legislatura, mas deve ser reapresentado.

Em rela��o ao que interessa diretamente � popula��o, ambos prometem dar prioridade �s reformas pol�tica e tribut�ria, mas n�o detalham as propostas. Ficaram de fora da discuss�o, por exemplo, temas reivindicados nas manifesta��es de junho de 2013, como a melhoria nos servi�os p�blicos e o combate � corrup��o. Cunha e Chinaglia n�o mencionaram como tratar�o casos de parlamentares investigados pelo Conselho de �tica da Casa, que, em geral, s�o analisados com lentid�o. Os dois foram procurados pela reportagem e n�o atenderam �s liga��es.

Assim como Cunha, Chinaglia tem dito aos colegas que vai defender a equipara��o salarial aos ministros do STF. Hoje, os deputados t�m reajuste salarial de quatro em quatro anos, ao fim de cada legislatura, enquanto os ministros da Suprema Corte t�m aumento anual. Assim, embora larguem com sal�rio igual ao dos ministros (R$ 33,7 mil), se a regra continuar a mesma, os deputados da pr�xima legislatura estar�o ganhando menos do que eles em 2018.

Alternativa


Com discurso de ser alternativa aos quadros tradicionais do Congresso, o deputado J�lio Delgado (PSB-MG) critica a proposta dos colegas, mas n�o entra em detalhes sobre seus compromissos. “Estou percorrendo os estados com os discursos dos presidentes eleitos nas quatro �ltimas elei��es para Presid�ncia da C�mara. S�o as mesmas promessas: Anexo 5, outra din�mica para TV C�mara, equipara��o salarial. Se n�o tiraram do papel antes, por que v�o tirar agora?”, questiona.

Ele diz que sua proposta de mandato � valorizar o trabalho parlamentar. “Tenho conversado com deputados que foram eleitos pela primeira vez. Refor�o que foram eleitos pelo sentimento de mudan�a expresso pela popula��o. Os novos t�m essa responsabilidade de fazer diferente. Mudar a pr�tica pol�tica”, diz, acrescentando que vai dar prioridade para grandes temas, como a reforma pol�tica.

Nessa ter�a-feira (13), Chinaglia aproveitou a campanha em Teresina para alfinetar Cunha. Ele rebateu a promessa do peemedebista de apoiar a cria��o de mais uma CPI da Petrobras. “Defender uma CPI de forma gen�rica � uma tentativa de se credenciar. N�o preciso disso. Por que algu�m defende tanto uma CPI? J� teve senador muito eloquente pedindo CPI, que depois foi flagrado na Opera��o Cachoeira”, ironizou o petista, referindo-se a Dem�stenes Torres, que acabou cassado. Em depoimento � Pol�cia Federal no ano passado, o agente da PF Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como “Careca”, disse que entregou dinheiro para o peemedebista a pedido do doleiro Alberto Youssef.

O PMDB marcou reuni�o da executiva do partido hoje para anunciar formalmente o apoio a Cunha e a Renan Calheiros, que tentar� a reelei��o no Senado. O movimento ocorre numa tentativa de evitar o enfraquecimento das duas candidaturas. No caso de Cunha, o receio � pela cita��o do nome dele na Lava-Jato. J� o apoio a Renan ocorre em meio a not�cias de que o PSDB pretende lan�ar o senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES) como candidato � Presid�ncia da Casa.

 


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