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Estado de Minas

Cerver� diz que diretoria executiva da Petrobras aprovou neg�cio das sondas


postado em 15/01/2015 19:37 / atualizado em 15/01/2015 20:25

(foto: Geraldo Magela/Agencia Senado )
(foto: Geraldo Magela/Agencia Senado )

O ex-diretor da �rea de Internacional da Petrobras Nestor Cerver� afirmou que a compra dos navios-sondas de perfura��o mar�tima, que teriam sido alvo de propina de US$ 30 milh�es, foram feitas "fora de procedimento licitat�rio" e aprovada pela Diretoria Executiva da estatal petrol�fera, "composta por seis diretores e o presidente a quem cabe examinar a compra de equipamentos e constru��o de refinarias e gasodutos".

Na �poca, o presidente da Petrobras era S�rgio Gabrielli, apadrinhado pol�tico do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Gostaria de esclarecer de forma espont�nea que a aquisi��o das sondas em quest�o se deu fora de procedimento licitat�rio, por ser incab�vel diante das circunst�ncias que cercavam o neg�cio, que visava atender uma necessidade espec�fica e imediata da Petrobras", disse Cerver� em depoimento de mais de tr�s horas na manh� de hoje.

Cerver� afirmou ainda que o neg�cio teve parecer jur�dico da estatal. O ex-diretor, preso desde ter�a-feira, dia 13, acusado de tentar ocultar patrim�nio mesmo depois de denunciados por corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema multibilion�rio alvo da Lava Jato. Por meio de indica��es pol�ticas, partidos da base do governo (PT, PMDB e PP) controlavam um esquema de corrup��o, cujas propinas variavam de 1% a 3%.

Fernando Baiano


Cerver� foi questionado em especial sobre seu envolvimento com outro r�u da Lava Jato, Fernando Baiano. Ele respondeu que "conheceu por volta do ano de 2000, quando era gerente executivo de Energia" da Petrobras e que ele teve participa��o ativa no neg�cio das sondas, sabendo que recebeu comiss�o por isso.

Trata-se de Fernando Ant�nio Falc�o Soares, apontado como operador do esquema de propina para o PMDB via Cerver�. O ex-diretor diz t�-lo conhecido em 2000 e ter rela��o de amizade com ele.

"Fernando representava empresas espanholas do ramo de energia t�rmica", afirmou a quatro delegados da Pol�cia Federal, que ouvira seu depoimento. Cerver� lembrou que, nesse per�odo, o Pa�s passava por uma crise de abastecimento e apontou a Union Fenosa como uma dessas empresas representadas pelo suposto operador do PMDB.

"Tais empresas tinham interesse em entrar no mercado brasileiro e que outras teriam feitos contatos semelhantes a �poca", disse Cerver�.

Segundo ele, Baiano continuou atuando na Petrobras, "tendo se dirigido a outras diretorias, como a de Abastecimento e G�s e Energia.

A primeira, era ocupada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, por interm�dio do PP. Preso em mar�o de 2014, ele acabou confessando os crimes e virou delator do caso. A de G�s e Energia era ocupada pela atual presidente da Petrobras, Gra�a Foster. Cerver� n�o citou nome no depoimento.

Sua �nica refer�ncia � Gra�a, foi quando perguntado sobre as transfer�ncias de im�veis que fez para as filhas.

"A atual presidente da Petrobras realizou opera��es semelhantes, transferindo im�veis aos filhos dela", afirmou Cerver� ao ser questionado sobre as informa��es veiculadas na imprensa em que o nome de Gra�a foi citado pela sua defesa.

Acompanhado do criminalista Beno Fraga Brand�o, Cerver� negou ter recebido propina nas negocia��es de navios-sonda, que teriam resultado em uma propina de US$ 30 milh�es paga pelo executivo Julio Camargo, delator do processo. Ele afirmou tamb�m que suas transa��es financeiras foram legais e feitas para deixar dinheiro para filha, que mora do Rio, durante sua viagem � Londres.


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