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Estado de Minas

Para ex-ministra dos Direitos Humanos, Archer n�o era her�i, mas traficante


postado em 18/01/2015 17:19 / atualizado em 18/01/2015 17:34

(foto: Reprodução/Twitter)
(foto: Reprodu��o/Twitter)
A informa��o de que o corpo do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, executado no s�bado (17) na Indon�sia, ap�s ter sido condenado por tr�fico de drogas, foi cremado e suas cinzas ser�o trazidas para o Rio de Janeiro por sua tia, a advogada Maria de Lourdes Archer, provocou a rea��o da deputada federal Maria do Ros�rio (PT-RS) em sua conta na rede de microblogs Twitter. Ros�rio, que foi ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica, questiona o interesse pelo local onde as cinzas de Archer ser�o levadas no Brasil. E argumenta: "O sujeito n�o era her�i, era traficante."

No post publicado no Twitter, em que questiona o interesse pelo local onde as cinzas do brasileiro executado na Indon�sia ser�o levadas, a ex-ministra dos Direitos Humanos pondera que foi contra a sua execu��o. "Sou contra a pena de morte", reiterou. Mas n�o deixou de criticar o interesse provocado pela informa��o do destino que ter� as cinzas de Archer, repercutido principalmente pela imprensa brasileira.

Preso na Indon�sia desde 2003, Marco Archer era carioca, tinha 53 anos e trabalhava como instrutor de voo livre. Ele foi detido quando tentava entrar naquele pa�s com 13 quilos de coca�na escondidos dentro de tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta ao passar pelo aparelho de raio-X, no Aeroporto Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas acabou preso duas semanas depois.

Em nota divulgada em seu site neste domingo (18), a Anistia Internacional classificou de retrocesso para os direitos humanos a execu��o de seis r�us acusados de tr�fico de drogas na Indon�sia, cinco deles estrangeiros, incluindo o brasileiro Marco Archer. "Este � um retrocesso grave e um dia muito triste. A nova administra��o tomou posse prometendo fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a execu��o de seis pessoas vai na contram�o desse compromisso", destacou Rupert Abbott, diretor de pesquisa sobre a regi�o do Sudeste Asi�tico e Pacifico da Anistia Internacional.

As execu��es, realizadas no s�bado (17) pelo pelot�o de fuzilamento, foram as primeiras desde que o presidente Joko Widodo assumiu o cargo, em novembro do ano passado. Apesar da promessa de priorizar a �rea de direitos humanos, Widodo � considerado linha dura com os crimes do narcotr�fico e rejeitou os pedidos de clem�ncia para mudar a pena dos condenados, dentre eles o da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Ap�s tomar conhecimento - consternada e indignada - da execu��o do brasileiro, Dilma lamentou o epis�dio e destacou que a pena de morte, condenada crescentemente pela popula��o mundial, afeta "gravemente" as rela��es entre Brasil e Indon�sia. A presidente ainda dirigiu uma mensagem de conforto � fam�lia de Moreira e convocou o embaixador do Brasil em Jacarta para consultas.

Al�m do brasileiro, o primeiro a ser executado por crime no exterior, cinco presos foram condenados � morte no s�bado (17) na Indon�sia. Outro brasileiro preso e condenado � morte em Jacarta, que teve o pedido de clem�ncia feito por Dilma tamb�m rejeitado, � o surfista Rodrigo Gularte, de 42 anos. Ele foi detido em 2004, tamb�m no aeroporto de Jacarta, com 12 pacotes de coca�na.

 


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