Bras�lia - A defesa de Jo�o Proc�pio, considerado como "laranja" do doleiro Alberto Youssef, apresentou na Justi�a Federal, em Curitiba, resposta � acusa��o criminal na qual sustenta o impedimento do juiz S�rgio Moro para conduzir o processo e pede nulidade processual. Proc�pio � apontado pela Pol�cia Federal (PF) como respons�vel por gerenciar as contas de Youssef no exterior. Na den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico Federal, ele � enquadrado na lei que disp�e sobre os crimes de lavagem ou oculta��o de bens.
"� necess�rio salientar que h� que ser reconhecida a exist�ncia de situa��o de impedimento do magistrado S�rgio Fernando Moro, eis que funcionou em fatos conexos aos que originaram as investiga��es da cognominada Opera��o Lava Jato como assessor da Ministra Rosa Weber, quando do processamento e julgamento da a��o penal n.º 470 (Caso Mensal�o)", afirma a defesa. "N�o h� d�vida que os fatos l� apurados dizem tamb�m respeito aqueles que foram e continuam sendo investigados nesta opera��o; vossa excel�ncia, portanto, tomou conhecimento na qualidade de auxiliar da Justi�a, em outra inst�ncia, de fatos determinantes para a investiga��o que culminou nesta e em in�meras a��es penais. Requer-se, portanto, seja reconhecida a situa��o de impedimento", acrescentam.
No pedido, a defesa de Proc�pio tamb�m cita uma decis�o de 2010 do juiz S�rgio Moro para argumentar que ele seria "suspeito" para julgar qualquer caso envolvendo o doleiro Alberto Youssef. "De qualquer forma, � necess�rio que se reconhe�a que a situa��o de suspei��o j� declarada anteriormente em rela��o ao corr�u Alberto Youssef deve ter seus efeitos estendidos at� o presente caso. Dessa forma, os efeitos do reconhecimento da suspei��o n�o podem ser limitados, devendo-se estender a todo e qualquer feito que envolva a pessoa de Alberto Youssef", defendem.
Em outro momento, os advogados afirmam que o processo deveria ter sido encaminhado em sua �ntegra ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver parlamentares. "H� tamb�m a necessidade de se reconhecer que os feitos origin�rios investigaram deputado federal investido no cargo. � por demais artificial a justificativa p�stuma de que o feito visava a investiga��o apenas de Alberto Youssef; uma simples leitura dos documentos produzidos �quela �poca demonstram que era de fatos dos quais Jos� Janene participara que se tratava a investiga��o".
Os processos da Lava Jato foram divididos em duas frentes. Uma na primeira inst�ncia da Justi�a Federal no Paran�, onde tramitam 18 a��es penais conduzidas pelo juiz S�rgio Moro, al�m de ao menos 140 inqu�ritos da Pol�cia Federal. Nesta inst�ncia est�o os r�us ou investigados que n�o possuem o chamado foro privilegiado (ex-diretores da Petrobras, executivos, funcion�rios das empreiteiras e lobistas). A outra frente ter� como jurisdi��o o STF, prerrogativa de pol�ticos citados nos autos.