
S�o Paulo - O vice-presidente da Rep�blica e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, disse nesta segunda-feira n�o acreditar que a Pol�cia Federal possa ter sido usada em alguma a��o para prejudicar a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) � presid�ncia da C�mara dos Deputados. "N�o acredito e nem o Eduardo Cunha acredita. A pol�cia federal cumpre seu papel de investiga��o. Eu n�o acredito que algu�m da Pol�cia Federal pudesse fazer isso", afirmou, ap�s sair de um evento na Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (FIESP).
Na ter�a-feira, 20, Eduardo Cunha apresentou o �udio de uma grava��o feita em tom teatral, supostamente com a inten��o de prejudic�-lo politicamente em um momento em que as tens�es se acirram principalmente contra o candidato ligado ao governo Arlindo Chinaglia (PT-SP). A quest�o � alvo de inqu�rito da Pol�cia Federal. A elei��o para presid�ncia da Casa ocorre no pr�ximo domingo.
Sobre o tom da disputa, Temer disse que � natural que seja mais duro � medida que o pleito se aproxima. "� natural que ocorram acidentes e incidentes. Nesta �ltima semana, h� um agravamento nesses incidentes, mas tenho certeza que, ao final dessa semana, feita a elei��o, a C�mara se pacifica em torno do candidato eleito."
Leis trabalhistas
Temer admitiu que "ajustamentos" �s leis trabalhistas vinham sendo discutidos no passado. Ao ser questionado por jornalistas se as altera��es anunciadas pelo governo envolvendo abono salarial e seguro desemprego teriam sido discutidas antes da elei��o, disse: "Ajustamentos come�aram a ser examinados no passado e agora v�o ser implementados. S�o varia��es mais do que naturais."
Temer repetiu o discurso do Planalto de que as mudan�as n�o trar�o preju�zos aos trabalhadores e preferiu n�o entrar na quest�o que vem sendo discutida pela oposi��o, de que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria mentido durante a campanha eleitoral. Na disputa por sua reelei��o, Dilma disse que n�o mexeria em direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa".