
Em reuni�o com os 39 ministros de seu segundo governo, a presidente Dilma Rousseff (PT) destacou as possibilidades de crescimento econ�mico do pa�s e convocou os representantes das pastas a gerir com mais qualidade, apesar da redu��o dos or�amentos. A petista ainda defendeu os ajustes econ�micos anunciados na semana passada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Os ajustes que estamos fazendo s�o necess�rios para manter o rumo, ampliar oportunidades, preservando as prioridades sociais e econ�micas do governo. (…) Estamos diante da necessidade de promover um reequil�brio fiscal, para recuperar o crescimento da economia o mais r�pido poss�vel, criando condi��es para a queda da infla��o e da taxa de juros no m�dio prazo”, afirmou no encontro realizado na Granja do Torto.
Quebrando o jejum de pronunciamentos de quase 30 dias, a presidente disse que todos os an�ncios feitos refletem a nova realidade da economia e da sociedade brasileira. E que essas medidas foram tomadas para garantir a sa�de da pol�tica econ�mica e social. “Tomamos algumas medidas que t�m car�ter corretivo, ou seja, s�o estruturais e se mostram necess�rias em quaisquer circunst�ncias. Os ajustes que estamos fazendo s�o necess�rios para manter o rumo, preservando as prioridades sociais que iniciamos h� 12 anos. As medidas que iniciamos e consolidaremos v�o continuar o projeto vitorioso nas urnas”, disse.
Antes de chegar ao encontro com a presidente, os 39 ministros n�o conversaram com a imprensa. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) tamb�m participa do encontro, que tem previs�o de durar cerca de quatro horas.
Em sua a fala, Dilma destacou que o pacote mais austero s� foi poss�vel por causa das conquistas e do cen�rio dos �ltimos anos que assegurou nova realidade. “Essas novas condi��es mostram que, nos �ltimos 12 anos, foram gerados 20,6 milh�es de empregos formai. A base de contribuintes da Previd�ncia Social foi ampliada em 30 milh�es de benefici�rios. O valor real do sal�rio m�nimo, que � a base de todo o sistema de prote��o social, cresceu mais de 70%”, enumerou, acrescentando o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Segundo a petista, os ajustes envolvendo as quest�es trabalhistas s�o o “aperfei�oamento de pol�ticas sociais para aumentar sua efic�cia, efici�ncia e justi�a”.
Dilma voltou a lembrar temas j� abordados por ela em discursos anteriores, como as medidas de endurecimento contra a corrup��o e a necessidade de realiza��o da reforma pol�tica. Outro ponto lembrado foi a necessidade de apurar as den�ncias de corrup��o na Petrobras, destacando a independ�ncia de apura��o tanto da Pol�cia Federal e Minist�rio P�blico. “Temos que, principalmente, criar mecanismos que evitem que epis�dios como este voltem a ocorrer. Temos que saber apurar, temos que saber punir. Isso tudo sem diminuir a Petrobras".
Recado aos ministros
Na fala aberta a imprensa e que precedeu a reuni�o fechada com os 39 ministros, a presidente Dilma deu um recado claro a eles. Conforme a petista, todos ter�o a incumb�ncia de garantir que boatos n�o sejam propagados. “N�o podemos permitir que a falsa vers�o se crie. Quando for dito que vamos acabar com as conquistas hist�ricas dos trabalhadores, respondam em alto e bom som: n�o � verdade! Os direitos trabalhistas s�o intoc�veis, e n�o ser� o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que ir� revog�-los”, disse. Na mesma linha, a presidente convocou a dirimir as d�vidas que ficarem sobre quaisquer temas que envolvam a atividade das pastas e do governo federal como um todo.
Ela ainda pediu que os comandantes das pastas fortale�am o di�logo com todas as esferas. “Devemos buscar, por meio do di�logo e da negocia��o, estabelecer os consensos e os caminhos q produzir�o as mudan�as de q o Brasil precisa”, aconselhou.