
Belo Horizonte - A Justi�a mineira suspendeu benef�cios a que tinha direito o ex-deputado federal pelo PTB Romeu Queiroz, condenado por envolvimento no mensal�o, e pode determinar a regress�o do regime de sua pena do atual semiaberto para o fechado. A decis�o foi tomada pela ju�za da Vara de Execu��es Criminais de Ribeir�o das Neves, Miriam Vaz Chagas, ap�s Queiroz ser flagrado bebendo em um bar na capital mineira em uma das sa�das da pris�o a que teve direito.
O ex-parlamentar foi condenado em 2012 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a seis anos e seis meses de pris�o por envolvimento no esquema operado pelo empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza, tamb�m sentenciado pela corte com mais 23 pessoas al�m de Queiroz. Ap�s a condena��o, o ex-deputado foi transferido para cumprir a pena por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro numa penitenci�ria de Ribeir�o das Neves, na regi�o metropolitana de Belo Horizonte, de onde saia diariamente para trabalhar em uma de suas empresas.
Diante da irregularidade, Miriam Chagas determinou liminarmente a suspens�o das sa�das tempor�rias e do trabalho externo do acusado. Segundo o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), a magistrada tamb�m enviou of�cio ao STF para saber se ela poder� julgar a regress�o da pena para o regime fechado, em audi�ncia j� marcada para 2 de mar�o.
Os benef�cios do condenado j� haviam sido revogados em meados do ano passado pelo ent�o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, por entender que eles eram irregulares pois teriam sido concedidos antes do prazo previsto em lei. Mas a decis�o, que tamb�m atingia o advogado Rog�rio Tolentino, foi revogada. Tolentino � ex-s�cio de Marcos Val�rio, condenado a seis anos e dois meses de pris�o, e acompanhava Queiroz para trabalhar na empresa do ex-deputado.
Segundo o atestado de pena do ex-parlamentar, ele j� conseguiu a remiss�o de 64 dias de pena com o trabalho externo e, at� ent�o, n�o tinha o registro de nenhuma falta disciplinar grave. Sua senten�a s� estar� cumprida em mar�o de 2020, de acordo com o documento, mas Queiroz teria direito a sair em liberdade condicional em 11 de novembro deste ano. O advogado do ex-deputado, Marcelo Leonardo, n�o foi encontrado na noite dessa ter�a. Ele ainda pode recorrer da decis�o da ju�za para tentar reaver os benef�cios para o cliente.