
Em encontro realizado nesta sexta-feira, em Bras�lia, integrantes da c�pula do PSDB reafirmaram o posicionamento de apoiar a candidatura do deputado Julio Delgado (PSB-MG) para presid�ncia da C�mara e do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) para a do Senado.
At� a reuni�o de hoje, alguns setores do partido, em especial o de S�o Paulo, sinalizavam o desejo de apoiar a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao comando da C�mara. Nas negocia��es estavam em jogo a disputa por espa�os considerados como estrat�gicos dentro da Casa como a vice-presid�ncia das Casas e principais comiss�es.
"A vice-presid�ncia n�o � o mais relevante. N�o acho que � mais importante para o PSDB ter um espa�o na Mesa, mas sim manter a coer�ncia pol�tica", ressaltou o senador A�cio Neves, presidente nacional da legenda, ap�s a reuni�o. "A press�o individual realizada por Eduardo Cunha diminui com a fala do A�cio", considerou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que assumir� na pr�xima legislatura a lideran�a da bancada na C�mara.
No discurso feito na reuni�o por integrantes da c�pula do PSDB prevaleceu a tese de que � necess�rio que o partido retribua o apoio recebido pelo PSB na �ltima elei��o presidencial. Na ocasi�o, a candidata do partido socialista Marina Silva declarou voto no presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), que disputou o segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT).
"Foi feita toda a leitura pol�tica de a bancada agir sem trai��es. Ent�o a fala foi muito clara e explicita da responsabilidade pol�tica que temos. E existe um compromisso anterior com a candidatura do J�lio Delgado. Estaremos inclusive tendo um gesto de reciprocidade pol�tica em rela��o ao apoio que tivemos no segundo turno da elei��o quando o PSB esteve conosco. A pol�tica requer coer�ncia. N�o � hora de fracionar as oposi��es", afirmou o senador C�ssio Cunha Lima (PB), que assumir� a lideran�a da bancada no Senado.
Embora o discurso da c�pula do PSDB seja no sentido de apoio a J�lio Delgado, ainda h� a possibilidade de haver trai��es uma vez que a vota��o marcada para este domingo � secreta. Uma sinaliza��o de que o apoio n�o deve ser un�nime foi o fato de, no final do encontro, A�cio Neves ter procurado pessoalmente um pequeno grupo de deputados que ainda relutava em apoiar o candidato do PSB.