Escolhido na tarde desta ter�a-feira, 3, para ocupar a lideran�a do governo na C�mara, o deputado Jos� Guimar�es (PT-CE) ressaltou que um dos primeiros passos ser� o de reconstruir um di�logo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Guimar�es ocupar� o lugar de Henrique Fontana (PT-RS).
A escolha de Guimar�es, vice-presidente nacional do PT, ocorre em meio � derrota acachapante do Pal�cio do Planalto na disputa pelo comando da C�mara. "O desafio agora � recompor a base. Estender a m�o para o di�logo. Vamos fazer conversas bilaterais com todos os l�deres al�m de reconstruir um dialogo com o presidente da C�mara", afirmou Guimar�es ao Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado.
O convite do Pal�cio do Planalto foi feito por telefone no dia de hoje pelo ministro da Secretaria de Rela��es Institucionais (SRI), Pepe Vargas. A defini��o do governo ocorre um dia depois de os deputados da corrente majorit�ria, Construindo um Novo Brasil (CNB), se reunirem na C�mara e pedirem a sa�da de Pepe Vargas em raz�o da derrota ocorrida na disputa pela presid�ncia da C�mara. O PT tamb�m ficou sem nenhum cargo na Mesa Diretora.
Jos� Guimar�es � um dos representantes da CNB, composta tamb�m pelo ex-presidente Lula. O grupo at� aqui tem sido deixado de lado pela presidente Dilma neste segundo mandato, principalmente na ocupa��o dos principais cargos do Executivo.
Sa�da
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse nesta tarde que preferiu antecipar sua sa�da da lideran�a do governo na C�mara dos Deputados em virtude da derrota do candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presid�ncia da C�mara dos Deputados. O petista contou que se reuniu na segunda-feira, 2, com Pepe Vargas e pediu para que sua sa�da do cargo fosse acelerada.
Fontana argumentou que o calor da disputa pelo comando da Casa o impossibilitou de continuar na fun��o. O ex-l�der se envolveu diretamente com a campanha de Chinaglia e o concorrente direto, o peemedebista Eduardo Cunha (RJ), criticou a interfer�ncia do governo e de seu l�der na campanha. Antes de ser eleito, Cunha avisou que o PMDB n�o negociaria mais com o l�der Fontana.
O ex-l�der mencionou a falta de "afinidade" com Eduardo Cunha como um dos motivos para deixar a lideran�a do governo. " Um l�der do governo tem de conversar com o presidente da Casa uma, duas, tr�s vezes por dia. Ent�o n�s temos numa fun��o dessa de ter alguma afinidade. Entendi que era melhor que eu n�o continuasse", explicou o deputado, que quer agora se dedicar � discuss�o da reforma pol�tica. Ele evitou comentar as cr�ticas que sofreu dentro do pr�prio partido sobre sua atua��o.