Bras�lia - A crise na Petrobras p�s a presidente Dilma Rousseff e seu padrinho pol�tico Luiz In�cio Lula da Silva em lados opostos. Lula ficou irritado quando o esc�ndalo na estatal atingiu o ex-presidente da Petrobras Jos� Sergio Gabrielli, nomeado por ele para o cargo. Para Lula, Dilma deveria ter demitido a atual presidente, Gra�a Foster, h� pelo menos seis meses e, ao n�o tomar a atitude, permitiu que o PT e seus correligion�rios fossem achincalhados, ressuscitando o desgaste do mensal�o.
No seu diagn�stico, Dilma percebeu, por�m, que era preciso "vazar" a decis�o de tirar Gra�a para mudar o clima na empresa. "Se n�o mudar o t�cnico, o time continua perdendo o jogo", emendou ele. Na tarde de ontem, com as especula��es sobre a sa�da de Gra�a, as a��es da Petrobras tiveram forte alta na Bolsa de Valores.
Petistas ligados a Lula tamb�m n�o perdoam Gra�a porque, em meio � tormenta na Petrobras, o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, foi acusado pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef de receber propina para caixa 2 do partido. Vaccari nega a den�ncia feita pela dupla em acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico.
Lula e o comando do PT at� hoje n�o se conformam com o fato de Dilma ter puxado a crise da Petrobras para o Pal�cio do Planalto. Tudo ocorreu depois que ela disse s� ter aprovado a compra da refinaria de Pasadena (EUA), em 2006, ap�s ter recebido um "parecer falho" da diretoria da empresa, comandada por Gabrielli.
� �poca Dilma era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administra��o da Petrobras. O neg�cio causou preju�zo de US$ 792 milh�es � estatal, segundo parecer do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).