Bras�lia - O l�der do PSDB na C�mara, Carlos Sampaio (SP), considerou como tardia a sa�da da presidente da Petrobras, Gra�a Foster, oficializada nesta quarta-feira pela pr�pria estatal. Para o tucano, a perman�ncia dela � frente da estatal, ap�s as den�ncias de desvios investigadas na Lava Jato, serviu apenas para que ela "limpasse a barra do governo".
"Essa demiss�o foi tardia. A pr�pria oposi��o j� estava pedindo desde setembro at� para que as investiga��es pudessem fluir. Por que demorou at� agora? Porque a presidente Gra�a Foster cumpriu uma miss�o para o governo. Ela estava l� para limpar a barra do governo, cumpriu essa miss�o e a presidente Dilma a est� demitindo", afirmou o tucano.
Questionado sobre o que seria exatamente "limpar a barra", Sampaio emendou: "Limpar a barra � voc� efetivamente n�o contribuir com provas que possam levar � participa��o do governo, do PT e de partidos aliados que foram denunciados".
CPI
O l�der do PSDB disse tamb�m que depois da conferencia das assinaturas pela secretaria-geral da Casa, o n�mero final � de 182 apoios para a instala��o de uma CPI para investigar as irregularidades na estatal, 11 a mais do que o definido regimentalmente para a cria��o de uma comiss�o de inqu�rito.
A expectativa dos tucanos � que o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leia o documento em plen�rio para iniciar o prazo de cinco sess�es para a indica��o dos integrantes que ir�o compor a CPI. "O presidente Eduardo Cunha esteve conosco fazendo campanha antes das elei��es e nessa oportunidade se comprometeu conosco. Ele disse que jamais seria um empecilho para a instala��o da CPI", afirmou o tucano.
Sampaio informou ainda que o presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), pediu c�pia do requerimento com o pedido da CPI para tamb�m coletar assinaturas no Senado e dessa forma realizar uma Comiss�o Mista com a participa��o de integrantes das duas Casas.
A proposta elaborada pelo PSDB da C�mara pede a cria��o de uma CPI para investigar irregularidades na Petrobras entre 2005 e 2015 "relacionados a superfaturamento e gest�o temer�ria" na constru��o de refinarias no Brasil. A oposi��o tamb�m quer apurar a constitui��o de empresas subsidi�rias e sociedades "de prop�sito espec�fico pela Petrobras com o fim de praticar atos il�citos", o superfaturamento e gest�o temer�ria na constru��o e afretamento de navios de transporte, navios-sonda; al�m de supostas irregularidades na opera��o a companhia Sete Brasil e na venda de ativos da estatal na �frica.