
A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, e outros cinco diretores da estatal apresentaram pedido de ren�ncia dos cargos nesta quarta-feira. A informa��o consta de resposta da estatal a of�cio da BM&FBovespa pedindo esclarecimentos sobre not�cias veiculadas em rela��o a substitui��o no comando da maior empresa p�blica do pa�s, gerando forte alta das a��es no preg�o de ter�a-feira(3.) A nova diretoria ser� eleita em reuni�o do conselho de administra��o na pr�xima sexta-feira (6)
O comunicado da ren�ncia de Gra�a e da diretoria da Petrobras tamb�m foi confirmada na manh� desta quarta-feira por meio de nota da assessoria de comunica��o da Petrobras. Gra�a deixa a presid�ncia da estatal, juntamente com toda a diretoria, um dia depois de se reunir, em Bras�lia, com a presidente Dilma Rousseff (PT).
Na sa�da do encontro com a presidente, no Pal�cio do Planalto, Gra�a n�o quis conversar com a imprensa. No Aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Bras�lia, onde embarcou no final da tarde dessa ter�a-feira (3), de volta ao Rio de Janeiro, onde fica a sede da Petrobras, Gra�a apenas sorriu quando perguntada se deixaria o comando Petrobras.
Nos bastidores do Pal�cio do Planalto, a informa��o que circulava, durante essa ter�a-feira (3), era que Gra�a e toda a diretoria deixaria a Petrobras em mar�o. Na manh� desta quarta-feira, as a��es da estatal, ap�s valoriza��o de 15% nessa ter�a-feira (3), voltaram a disparar e est�o sendo negociadas com alta de 6%.
Desgaste
A situa��o de Foster � frente da estatal foi se deteriorando ao longo dos �ltimos meses com o desenrolar da Opera��o Lava-Jato e tornou-se insustent�vel ap�s a divulga��o do balan�o da empresa na semana passada.
Embora n�o assinado por auditores independentes, portando com validade questionada, h� ali, nos anexos, um n�mero que � uma bomba: a estimativa de que, por conta das perdas com a corrup��o, devem ser reduzidos R$ 88,6 bilh�es dos ativos da empresa.
A publicidade desse n�mero deixou a presidente enfurecida, por considerar que o valor � exagerado e que serviu, basicamente, para aumentar a credibilidade dos ataques da oposi��o ao governo
Diverg�ncias
Em meio a crise, a perman�ncia de Gra�a Foster na presid�ncia da Petrobras � atribu�da ao fato de ela ser amiga de longa data de Dilma e, por isso, de confian�a da presidente para brind�-la dos esc�ndalos revelados na estatal com a Opera��o Lava-Jato - que estima desvio de recursos de R$ 2,1 bilh�es da estatal.
Essa susposta estrat�gia de Dilma para debelar a crise na Petrobras n�o contou com o apoio de seu padrilnho pol�tico, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Lula e o comando do PT at� hoje n�o se conformam com o fato de Dilma ter puxado a crise da Petrobras para o Pal�cio do Planalto. Tudo ocorreu depois que ela disse s� ter aprovado a compra da refinaria de Pasadena (EUA), em 2006, ap�s ter recebido um "parecer falho" da diretoria da empresa, comandada por Gabrielli.
� �poca Dilma era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administra��o da Petrobras. O neg�cio causou preju�zo de US$ 792 milh�es � estatal, segundo parecer do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).
Com Ag�ncia Estado e Correio Braziliense