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Estado de Minas

Petrobras � um cobi�ado motor de riquezas


postado em 04/02/2015 06:00 / atualizado em 04/02/2015 07:30

Bras�lia – Ao mesmo tempo em que desperta a cobi�a de pol�ticos, a Petrobras possui um peso enorme na economia brasileira. Maior empresa do pa�s, a estatal responde por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Tamanha � a import�ncia da petroleira para a atividade produtiva que, para cada R$ 1 investido, o pa�s ganha outros R$ 3 a partir dos neg�cios gerados a partir da companhia. Com toda essa relev�ncia, analistas acreditam que a redu��o do plano de neg�cios da empresa ter� impacto direto e significativo na atividade econ�mica.Nas contas do Ita� Unibanco, os cortes de investimentos e a queda na produ��o de petr�leo, capitaneados pelo Petrobras,

exercer�o peso negativo de 0,2 ponto percentual no crescimento do pa�s. Estimativas de mercado apontam que uma queda de 10% nos neg�cios da companhia pode tirar de 0,1 a 0,5 ponto percentual do PIB. Como a mediana das previs�es dos economistas apurada pelo Banco Central aponta que o pa�s crescer� apenas 0,03% em 2015, mudan�as nos rumos da petroleira afetar�o o desempenho do Brasil em cheio.

Desde 2013, quando abriu os cofres e colocou R$ 104,4 bilh�es em obras e projetos, a Petrobras vem reduzindo gastos. O estouro do esquema de corrup��o s� piorou a situa��o. No ano passado, as previs�es apontavam investimentos de R$ 84,5 bilh�es e, para 2015, R$ 83,4 bilh�es. O cronograma n�o deve se confirmar, uma vez que a presidente da empresa, Gra�a Foster, admitiu rever o plano de neg�cios para adequ�-lo � realidade do mercado e aos problemas de caixa.

Para Ren� Rodrigues, funcion�rio aposentado da Petrobras e pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mesmo com todos os preju�zos revelados na Opera��o Lava-Jato, deflagrada pela Pol�cia Federal, a empresa pode voltar a gerar riquezas no longo prazo. Conforme ele, a nova pol�tica econ�mica, que acaba com o controle de pre�os dos combust�veis, ser� importante para que a companhia retome o f�lego para honrar compromissos firmados.

Rodrigues ainda lembrou que, com o crescimento da estatal, uma s�rie de empresas e ind�strias se desenvolveu apenas para atender as demandas da Petrobras. “Com a redu��o do plano de investimentos, v�rios setores da economia ser�o atingidos, afetando o emprego e a produ��o de produtos e servi�os. Mas a empresa pode se recuperar para voltar a dar alegria aos brasileiros e aos funcion�rios”, disse.

Campe� nacional

A Petrobras conseguiu se firmar como a maior empresa brasileira, exercendo um peso enorme na economia nacional, refor�ou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. As decis�es da estatal mexem com o mercado financeiro, com o n�vel da atividade e do emprego no pa�s. “A Petrobras conquistou glamour e, nos �ltimos anos, o governo fez quest�o de vender a empresa como orgulho nacional”, comentou.

Embalada por uma pol�tica que fortaleceu o monop�lio do petr�leo, a estatal brasileira se transformou em uma gigante mundial do setor, com a��es em bolsas de valores fora do Brasil. “A Petrobras � um �cone, um objeto de desejo”, afirmou Pires. N�o � � toa que a petroleira tem o poder de provocar um efeito cascata na economia: se a empresa sofre alguma crise, como a atual, atinge fornecedores, colocando em risco milhares de empregos e de neg�cios.

A internacionaliza��o da companhia e o fato de diversificar cada vez mais os servi�os a tornou ainda mais poderosa. O aumento da produ��o e toda a expectativa em torno do pr�-sal fizeram com que diversos segmentos da economia se atrelassem ao desempenho da estatal, o que explica, em grande parte, a apreens�o de investidores e o temor de que o esquema de corrup��o na companhia tenha reflexos bastante negativos na economia.


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