Rio - No dia em que comunicou ao mercado a sua sa�da da presid�ncia da Petrobras, Gra�a Foster manteve a rotina que marcou os seus 33 anos de atua��o na empresa. Ela trabalhou por todo o dia, por mais de dez horas, na sede da companhia, no centro do Rio de Janeiro. Durante o expediente, assim como os demais diretores demission�rios. Gra�a se reuniu de manh� com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, mas o assunto n�o foi divulgado. Membro do Conselho de Administra��o da Petrobras, Coutinho aparece como uma das alternativas para a vaga deixada por Gra�a.
Mesmo os conselheiros da companhia, que se reunir�o na sexta-feira, 6, foram informados das mudan�as por meio do mesmo comunicado divulgado ao mercado financeiro. Um curto comunicado interno informou a sa�da de Gra�a e dos diretores aos empregados da estatal, depois que o assunto j� era amplamente debatido na imprensa.
Convite
Funcion�rios de carreira acreditam em um poss�vel convite para os cargos diante da dificuldade de encontrar um executivo de mercado disposto a assumir a empresa em crise.
O temor de uma demiss�o em massa dos terceirizados, que havia tomado conta da companhia nos �ltimos dias, com o acirramento da crise financeira e institucional, perdeu for�a com a sa�da de Gra�a. At� ent�o, os terceirizados apostavam que, sem dinheiro, a Petrobras demitiria empregados n�o concursados. Mas a indefini��o de quem assumir� a dire��o trouxe a esperan�a de que os empregos poder�o ser mantidos. Tamb�m � incerto o futuro de Gra�a. Engenheira qu�mica, de 61 anos, que iniciou a carreira na estatal nos anos 1980, ela ter� a escolha de se aposentar ou de permanecer na empresa, em cargo t�cnico. O mesmo vale para os demais diretores. .